Dois anos passados desde o grande incêndio da Serra da Estrela, vale a pena refletir sobre o cenário que ainda se mantém nas encostas do Vale do Zêzere e noutros locais da montanha mais alta de Portugal continental. A prometida reflorestação não se vislumbra ou, se existe, é completamente impercetível a quem precorre um dos locais mais fustigados pelas chamas de há dois anos. Os próprios populares queixam-se da falta de empenho das autoridades e, em alguns casos, de não terem sido ouvidos nem achados durante os dois últimos anos. Os habitantes de Sameiro, às portas de Manteigas, para quem a serra continua, em grande parte, a ter uma única cor – o cinzento – sentem-se abandonados.
Sameiro
