Especial Feira Farta 2024 Sociedade

Freguesias da Guarda vão expor produtos endógenos na Feira Farta

Feira Farta (1)
Escrito por Sofia Pereira

Aldeia Viçosa

Aldeia Viçosa é uma das freguesias do concelho que vai estar presente no certame, no próximo fim-de-semana. «É uma das mais ricas aldeias do Vale do Mondego ao nível da agricultura», salienta o presidente da Junta, Luís Prata.
No stand vai estar o que de «melhor há nesta época», nomeadamente «o azeite do produtor e o azeite certificado, o vinho da Quinta do Ministro, o mel, produtos hortícolas e frutas da época, os chás caseiros» e ainda um conjunto de produtos que recordam o «antigamente», como, por exemplo, os «biscoitos, rebuçados de açúcar, frutos secos, licores, compotas e muitos outros», antecipa o autarca. Cada freguesia pode levar para a Feira Farta até 12 produtores, como será o caso de Aldeia Viçosa.
Luís Prata adianta que no sábado vai haver uma prova de azeites do Vale do Mondego no recinto da Feira Farta. Na localidade é produzido o «reputado azeite Ethos, que têm ganho prémios. Há ainda o azeite do produtor feito a quente e o azeite feito a frio em modo biológico», pelo que o presidente da Junta promete um «vasto conjunto de coisas para oferecer» a quem visitar o espaço da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa.
Nestes certames os produtores locais divulgam os seus produtos e, sobretudo, «fidelizam clientes», considera Luís Prata, lembrando que há quem compre azeite «diretamente» aos produtores de Aldeia Viçosa «exatamente por causa da Feira Farta». De resto, na sua opinião, «há muita gente que visita o certame à procura de azeite, azeitonas, batatas e outros produtos do Vale do Mondego».

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Faia

A Faia é outra das freguesias que vai estar presente na Feira Farta, iniciativa que, para Liliana Brás, presidente da Junta de Freguesia, é uma «mais-valia para os produtores locais e também para a região».
Este ano vão participar oito produtores da Faia, que irão apresentar diversos produtos hortícolas e frutas, como peras e pêssegos, ameixas pretas, figos pingo de mel, feijão verde, tomates, batatas, tremoços e azeitonas, além de doces e produtos artesanais. Liliana Brás revela que na parte do artesanato serão apresentadas principalmente rendas e artigos para crianças. A autarca acrescenta que algumas participantes da Faia «vão cozer no forno comunitário vários doces, como biscoitos secos, filhoses e cavacas» e sobretudo o bolo Coroas da Rainha, que foi recuperado pela freguesia em 2019 e que «só se encontra à venda nestas feiras».
Para além deste bolo típico da localidade, Liliana Brás realça também as caraterísticas especificas do arroz doce da Faia, que é diferente dos demais «no que tem a ver com a qualidade e com tempo de confeção». Segundo a presidente da Junta, «as pessoas associam muito a Faia ao arroz doce, que leva muitas horas a cozer, uma manhã inteira, à vontade, não há acrescento de farinha e ovos e leva muitos litros leite». Muitos dos produtores da Faia que vão estar presentes na Feira Farta têm também banca no mercado municipal da Guarda, o que, para Liliana Brás, cria «um contacto familiar direto, em que as pessoas já os reconhecem e confiam neles, então a Feira Farta é sem dúvida uma mais-valia para quem vende e compra e para a região», acrescenta a autarca.

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Pêra do Moço

Os produtores de Pêra do Moço também vão estar representados na 8ª edição da Feira Farta, que decorre este fim de semana no largo do mercado municipal. «É da parte fria» do concelho da Guarda que se deslocam cinco produtores com «peças de artesanato, como brinquedos de madeira, feijão verde, feijão seco, pão fabricado no forno a lenha, biscoitos e tremoços», entre muitos outros produtos locais, realça o presidente da Junta de Freguesia, Artur Lopes.
Tudo o que vai ser apresentado no fim de semana é produzido na freguesia e, «nem que seja pelo convívio», a participação da localidade neste certame é «uma mais-valia para os nossos produtores», considera o autarca. «No sábado e no domingo têm a oportunidade de expor o que vão cultivando com o esforço que cada um dedica à agricultura», sublinha Artur Lopes, para quem a Feira Farta «vale a pena». Lembra, de resto, os tempos em que a esposa participava: «Vendia-se muito bem os produtos regionais, em particular o que é desta região», reconhece. Os produtores naturais de Pêra do Moço têm representado a freguesia noutras feiras tradicionais ou mercadinhos e neste fim-de-semana vão estar na Feira Farta a divulgar e promover os produtos endógenos.

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Famalicão da Serra

A representar a freguesia de Famalicão da Serra na Feira Farta vão estar 10 produtores com produtos agrícolas e artesanato. No stand da localidade vão estar «batatas, feijão, cebolas, alhos, melancias, pimentos, tomates e outros produtos agrícolas», ou seja, «tudo o que as pessoas produzem numa agricultura de subsistência», afirma António Fontes, presidente da Junta de Freguesia.
O autarca acredita que «vai ser um fim de semana concorrido» neste certame, que é importante «para os produtores de Famalicão e de todo o concelho» da Guarda. Apesar de valorizar a realização do evento, António Fontes deixa apenas um pedido: «Devia haver Feira Farta noutras alturas do ano para que se pudesse escoar os produtos que os agricultores têm alguma dificuldade em vender», sugere. A realização da iniciativa mais vezes é um pedido já ouvido entre os produtores e António Fontes concorda. «Era importante fazer-se noutras alturas do ano, não nestes moldes, o que, com certeza, é impossível financeiramente, mas arranjando outro formato e com mais produtos», acrescenta o presidente da Junta de Famalicão da Serra. Até porque António Fontes afirma que «normalmente nesta altura muitos produtos esgotam».

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Sofia Pereira

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