Economia

Empresas do distrito de Castelo Branco com dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados

Escrito por Luís Martins

A Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco estão a fazer o levantamento das necessidades de recrutamento e da aquisição de competências profissionais para as empresas da região nos próximos dois anos.

O inquérito intitulado “Necessidades de Recrutamento e Aquisição de Competências Profissionais” vai decorrer até abril junto das empresas sediadas nos concelhos de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Belmonte, Penamacor, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila de Rei e Sertã.

Numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, para a apresentação dos primeiros resultados do trabalho, cujos dados foram recolhidos até terça-feira, os presidentes da AEBB e do IPCB, Ana Palmeira de Oliveira e António Fernandes, respetivamente, adiantaram que 78 por cento da amostra é composta maioritariamente por micro e pequenas empresas, distribuídas pelos vários setores económicos.

«A análise da amostra permitiu verificar a necessidade de contratação de cerca de 126 trabalhadores com habilitações de nível superior, essencialmente por motivos de expansão e diversificação da atividade das empresas e ainda para a substituição de trabalhadores em fim de carreira», acrescentaram aqueles responsáveis, revelando que as empresas referiram que encontram barreiras preocupantes à contratação.

«Na sua maioria, são razões que se prendem com a falta de trabalhadores disponíveis no mercado de trabalho com a formação adequada e as limitações na mobilidade geográfica dos trabalhadores disponíveis no mercado de trabalho», afirmaram. Ana Palmeira de Oliveira e António Fernandes sublinharam que «a falta de mão-de-obra qualificada e/ou indiferenciada é um problema (antigo) que afeta o normal funcionamento de muitas empresas da região e que exige medidas concretas para suprir este grave problema que cada vez mais põe em causa o seu próprio desenvolvimento».

E sugeriram, nomeadamente, que esta problemática «requer um olhar atento e ponderado, através de uma aposta objetiva na qualificação profissional do capital humano, com ações específicas que respondam às novas exigências e reais necessidades do mercado de trabalho interno e externo, promovendo a empregabilidade, produtividade, competitividade e do desenvolvimento económico e social».

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Luís Martins

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