Economia

5 milhões de euros para obras no Pavilhão 1 do Hospital Sousa Martins

Escrito por Jornal O INTERIOR

Governo vai investir 12,3 milhões de euros na melhoria das condições de edifícios do Hospital da Guarda e do Centro de Saúde de Seia

Continua adiada a segunda fase de modernização do Hospital Sousa Martins, na Guarda, mas, em contrapartida, vai avançar a requalificação do Pavilhão 1, também conhecido por “comboio”, e do edifício sede da administração da Unidade Local de Saúde (ULS). As duas obras, orçadas em 11 milhões de euros, serão candidatadas aos fundos comunitários, anunciou a ministra da Coesão Territorial na passada segunda-feira.

«É primeira fase da segunda fase de modernização do Hospital da Guarda», admitiu Ana Abrunhosa aos jornalistas no final de uma visita ao hospital e de uma reunião com a administração. Estes trabalhos vão consistir na reabilitação do telhado e das fachadas do edifício do “comboio”, porque há infiltrações de água, bem como na alteração dos envidraçados, «para depois permitir outra intervenção mais profunda, de refuncionalização dos serviços, mas só no próximo quadro comunitário», acrescentou a governante. Esta é uma empreitada prioritária, sendo que as obras previstas para a sede da ULS avançarão posteriormente. Nesta visita a ministra quis conhecer as prioridades da administração hospitalar e ficou a saber que estes projetos estão em condições de serem candidatados às verbas remanescentes do Programa Operacional Regional (POR) Centro 2020, que foram alocadas à área da saúde. Outra obra «urgente e necessária» é a reabilitação do Centro de Saúde de Seia, orçada em 1,3 milhões de euros, que também vai avançar com o recurso aos fundos comunitários.

«Se tudo correr bem, teremos obra no início de 2022 no Parque da Saúde da Guarda e em Seia», acrescentou Ana Abrunhosa, referindo que para o próximo quadro comunitário de apoio fica a reabilitação dos emblemáticos pavilhões Rainha D. Amélia e António de Lencastre. Já o Pavilhão 5 vai ser intervencionado com verbas do Orçamento de Estado, estando o projeto concluído e na posse da ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde). «Não é por falta de fundos que não se farão as obras mais urgentes da ULS. É preciso é haver projetos para candidatar a uma comparticipação financeira de 85 por cento», avisou a ministra. «Não é remendar, mas fazer investimento por fases, cuidando do que é urgente com uma verba significativa de 11 milhões», reiterou a governante, para quem estes projetos são «estruturantes» para a Guarda e para a ULS, cuja administração tem a responsabilidade de os «concretizar» porque darão condições de trabalho «dignas» aos seus profissionais de saúde.

Uma tarefa assumida pelo presidente do Conselho de Administração: «Não vamos perder tempo para as concretizar. São uma prioridade, temos os projetos prontos», garantiu João Barranca, que adiantou que a reabilitação do Pavilhão 5 está «a ser ultimada» na ACSS e «quando estiver pronto avançaremos com o concurso». No caso do Pavilhão 1, o responsável justificou que, «para termos obra de fundo, teríamos de fechar os serviços, o que não podemos fazer», pelo que se optou por «dotar primeiro o edifício de condições para que possa ser utilizado. Posteriormente, iremos adequar, reparar, o interior do edifício às necessidades», afirmou. Já para o Pavilhão Rainha D. Amélia está prevista a instalação de um centro de investigação e de ensino, enquanto no edifício António de Lencastre o objetivo é instalar a USF “A Ribeirinha”, que funciona atualmente em instalações arrendadas à Misericórdia. «Seria uma forma de evitarmos esse custo e dar vida a esse edifício emblemático do Parque da Saúde», justificou João Barranca.

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