O Teatro Municipal da Guarda (TMG) recebe no sábado (21h30) “Se Desta Janela, Debruçando-me”, uma criação do coreógrafo Paulo Brandão inspirada no texto “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa.
Escrita em 1913, trata-se de uma peça de teatro sem ação, cuja energia está concentrada no que é dito por três veladoras num quarto circular. Nele há uma donzela morta. As três sonham com um marinheiro e quase no final da “narrativa” contam com uma quinta pessoa que as “interrompe” sempre que vão “a sentir”. «Queira-se ou não, “O Marinheiro” é um beco sem saída. Que sentido fará descolonizar hoje um texto tão estático? Será que Fernando Pessoa pensava na condição da mulher (portuguesa) ao escrevê-lo?», adianta a produção. Trata-se de uma coprodução do Theatro Circo de Braga e o Instável – Centro Coreográfico com interpretação de Carminda Soares, Maria R. Soares e Francisca Sarmento.
Na véspera (22 horas) há teatro no café-concerto com a peça “Cocktail da Evolução”, que são dois espetáculos com diferentes géneros, do drama à comédia e tragicomédia, através de linguagens como a pantomima cómica, o “slapstick” e o mimo de estilo. Na primeira peça, Diana Bernedo e Miguel Martins Pessoa inspiram-se no quadro de Jean-Léon Gérôme (1896) “A verdade saindo do poço com o seu chicote para castigar à humanidade) e na segunda viajam até ao cinema mudo e aos filmes americanos dos anos 50.
Dança e teatro no TMG
