Conversas com escritores, apresentações de livros, exposições e música são as propostas da terceira edição do festival literário “Em Nome da Terra”, que começa esta quarta-feira em Melo (Gouveia). A inauguração da Casa Vergílio Ferreira – Para Sempre, amanhã (15 horas), pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é ponto alto da iniciativa.
Este novo espaço será um «polo dinamizador e centro do roteiro literário vergiliano» com o qual, a par do festival, o município de Gouveia pretende criar «uma “marca” que transformará Melo, terra natal de Vergílio Ferreira, e a sua paisagem envolvente num “lugar literário” de excelência, colocando-a nos caminhos do turismo literário e cultural nacional e internacional», adianta a autarquia numa nota enviada a O INTERIOR. Organizado pela Câmara gouveense, o “Em Nome da Terra” celebra a obra e memória do romancista nascido naquela aldeia serrana em 1916 e ali sepultado em 1996. Entre as atividades destaque também para a entrega do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2024.
Ilustradores, atores, músicos e contadores de histórias serão alguns dos protagonistas do festival até domingo, estando também prevista a participação dos escritores Lídia Jorge, Valter Hugo Mãe, Gonçalo M. Tavares, Teolinda Gersão, Adélia Carvalho, Afonso Cruz, Álvaro Laborinho Lúcio e José Gardeazabal. Outros autores com presença confirmada são Lúcia Vicente, Luís Osório, Madalena Sá-Fernandes, Maíra Zenun, Maria Francisca Gama, Nuno Caravela, Olinda Beja, Raquel Patriarca, Renato Filipe Cardoso, Ricardo Fonseca Mota, Rui Couceiro e Vânia Calado. Do programa constam atividades nas áreas da leitura, escrita, ilustração, banda desenhada e formação para professores, havendo também lugar para exposições e “workshops”.
Já os mais novos vão poder participar em conversas com os escritores e oficinas de ilustração com Henrique Cayatte, entre outras iniciativas. Para a noite de sábado está reservado um concerto de Teresa Salgueiro inspirado na obra de José Saramago “Jangada de Pedra”.
Casa Vergílio Ferreira inaugurada no festival “Em Nome da Terra”
