Cultura

Alunos da Guarda apresentam Projetos de “Teatro na Escola” no Teatro Municipal da Guarda

Alunos Sé
Escrito por Efigénia Marques

Daniel Rocha tem trabalhado com os vários alunos guardenses (Escola Carolina Beatriz Ângelo, Secundária Afonso de Albuquerque e Secundária da Sé) no Projeto Teatro na Escola. As apresentações começaram esta terça-feira com a peça de teatro “O bojador” em que «o medo e o desconhecido inquietam um povo cansado e os espíritos mais conservadores, que acreditam que o cabo é habitado por monstros que arrastam os homens e os barcos para o fundo do mar». Mas o Infante, «ou será a Infanta?, vê mais longe e com Gil Eanes ultrapassará o medo do desconhecido».
Esta quinta-feira, 23 de Maio, os alunos da Escola Secundária da Sé, na Guarda, vão apresentar a peça de teatro “Não vai ser uma Revolução… pelo menos por enquanto!”. Uma encenação que se passa no «serão do dia 24 de Abril de 1974» em que os jovens preparam «a sala da coletividade para receber, no dia seguinte, o concerto de Zeca Afonso» e, neste momento, através do teatro ficamos a conhecer os «ideais e ânsia de liberdade» do cantor português falecido em 1987, «até que tudo se altera quando menos se espera», uma vez que estes concertos «são acompanhados bem de perto pelas forças de segurança, ou seja, pela PIDE». A peça de teatro “Não vai ser uma Revolução… pelo menos por enquanto!” é o exercício final do Projeto Teatro na Escola e vai ser apresentada no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda.
No sábado é a vez dos alunos da Secundária Afonso de Albuquerque subirem ao palco do Pequeno Auditório do TMG com a peça “Felizmente há luar?”. Na história um «um grupo de pessoas sobrevive na cidade em condições difíceis e vai arranjando formas de passar o tempo». E ao mesmo tempo «lembram leituras e outros tempos de opressão», enquanto discutem sobre diferentes assuntos como o teatro, a realidade, a política ou se a sociedade é justa. E se interrogam se «haverá tempo para pensar na sociedade que temos durante uma peça de teatro?».
Para Daniel Rocha, encenador da peça de teatro e coordenador do Projeto, é «importante trazer a discussão» pois, atualmente, «estamos focados em conhecer os factos da história», mas esquecemo-nos de um aspeto essencial, «a discussão no sentido da troca de argumentos, ideias e esclarecimento de dúvidas».
Os espetáculos vão ser apresentados no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda e a entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete na bilheteira do TMG.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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