P- O que o levou a recandidatar-se à presidência da Associação Académica da UBI?
R- O motivo da recandidatura tem como objetivo principal dar estabilidade à estrutura, pois acredito que um ano é um período de tempo bastante curto para se implementarem novas dinâmicas, novos projetos e cimentá-los simultaneamente.
P- Quais os objetivos para o novo mandato?
R- Após identificar alguns aspetos a melhorar a nível estrutural é tempo de executar as devidas reformas, assim como cimentar os projetos que foram iniciados este mandato e potenciar os já existentes. A AAUBI está a crescer cada vez mais e a estrutura tem de acompanhar esse crescimento, para que essa mesma evolução possa ser contínua e não cíclica.
P- Foi candidato único à AAUBI, considera ser um bom ou mau sinal (do desinteresse dos estudantes) para a academia?
R- Considero que neste caso a existência de uma lista única foi sinal de um voto de confiança por parte da comunidade académica ao trabalho realizado no anterior mandato e também a consciência de que para uma estrutura deste género conseguir ganhar alguma estabilidade é necessário que lhe seja dado tempo para implementar as suas ideias, o seu projeto.
P – Quais são as principais carências/problemas dos estudantes da UBI?
R- O alojamento é um dos principais problemas tanto do estudante da UBI, como do estudante do ensino superior em Portugal. No caso específico da nossa universidade, temos 5.000 alunos deslocados da sua área de residência e a universidade apenas possui 800 camas. É urgente que a tutela tome medidas a este nível, pois este problema em específico poderá levar, em última instância, ao abandono do ensino por parte de quem não tenha posses para assegurar esses custos. Na Covilhã, a rede urbana de transportes públicos tem, na minha opinião, de ser revista para que possa atingir os centros nevrálgicos onde se situam a maior parte dos estudantes, para que os mesmos se possam deslocar da sua habitação parar a universidade de forma mais cómoda.
P- Um dos seus objetivos do anterior mandato era «elevar e afirmar a AAUBI no panorama regional e nacional», considera que foi conseguido? O que foi feito nesta área?
R- A postura da AAUBI no Movimento Associativo Nacional melhorou consideravelmente. Durante o presente mandato apresentámos moções em ENDA, algumas delas aprovadas, e temos estado no centro de ação relativamente às reivindicações dos temas da ordem do dia. Ainda esta semana a AAUBI esteve reunida com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apresentando os resultados do último ENDA no Algarve e também novas medidas para atenuar o problema da falta de residências a curto prazo.
P- Como está a AAUBI financeiramente?
R- Neste momento a AAUBI atravessa uma fase sensível nessa área, mas tem uma estrutura bem montada para que se possa reestruturar a área financeira, potenciando os recursos da mesma e garantindo saúde a este setor tão importante da estrutura.
Perfil:
Afonso Gomes
Presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior(AAUBI)
Idade: 24 anos
Profissão: Estudante
Currículo: Licenciatura Ciência Política e Relações Internacionais
Naturalidade: Covilhã
Livro preferido: “O Político”, de Platão
Filme preferido: “Interstellar”
Hobbies: Praticar desporto