P – Porque escolheu o curso de Engenharia Física Tecnológica? Foi a primeira opção?
R – Em 2019, no meu 10º ano, participei na EVA – Escola de Verão de Astronomia, um projeto iniciado pelo Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Adorei a experiência e, desde então, fiquei com o “bichinho” da Engenharia Física Tecnológica. No 12º ano resolvi colocar este curso, para o qual entrei, como minha primeira opção de candidatura, pois a minha curiosidade relativamente ao Universo só aumentou desde então.
P – O que quer concretamente ser (a nível profissional)?
R – Dado o amplo espetro de competências que os alunos diplomados em Engenharia Física e Tecnológica (EFT) adquirem, gostaria de trabalhar na área da tecnológica espacial ou na área de investigação científica.
P – Tendo em conta a sua média (19,45 valores), qual o segredo para a excelência?
R – A excelência requer uma série de fatores – o trabalho será, sem dúvida, o principal, mas também é necessária uma boa dose de sorte. Falo em sorte, pois nem toda a gente tem a oportunidade de ser criado com as mesmas condições que eu fui. Os meus pais sempre estiveram disponíveis para me ajudar com os trabalhos da escola quando eu era mais nova, tive uns quantos bons professores e acesso a cursos e aulas fora da escola que me fizeram ir além desta.
P – Sente que as aulas online prejudicaram ou ajudaram?
R – A pandemia levou-me a ter aulas online no final do meu 11º ano e a meio do 12º. Na primeira quarentena foi evidente a desorientação das escolas, o que é, aliás, perfeitamente compreensível. Assim, a maioria dos professores acabaram por não nos acompanhar tão bem, o que fez com que alguma matéria do 11º ano não ficasse tão bem apreendida. Contudo, consegui recuperá-la no ano seguinte. Essa segunda quarentena foi, sem dúvida, mais stressante pois foi-nos enviado bastante trabalho. No geral, não posso dizer que as aulas online me tenham ajudado, mas foram uma solução menos má.
P – Quais são as expectativas para o futuro?
R – O ritmo da faculdade costuma ser bastante diferente do ritmo do secundário – mais matéria, menos tempo, mais avaliações, trabalhos e projetos. Além do mais, é também altura de conhecermos pessoas novas, de nos adaptarmos a realidades diferentes e ganharmos alguma independência. Assim, esta mudança requer alguma coragem. O futuro trará, assim, muito trabalho e esforço de adaptação. Contudo, as expectativas são boas!