Sai amanhã para a estrada a 67ª edição da Volta a Portugal EDP em Bicicleta, que vai passar quatro dias pelas estradas da Beira Interior, mas, este ano, sem a emblemática chegada à Torre. Fundão, Penamacor, Castelo Branco, Termas de Monfortinho, Gouveia e Trancoso são as localidades da região por onde a caravana vai partir ou chegar, consoante os casos. A prova, que apresenta um percurso total de 1.671 quilómetros, começa em Oeiras e termina dia 15 com um contra-relógio individual em Viseu.
Desta feita, o ponto mais alto de Portugal Continental receberá o pelotão duas vezes, mas apenas de passagem, o que já não sucedia desde 1999. «Infelizmente não conseguimos chegar a acordo, nem com a Covilhã nem com Seia, para que um final de etapa na Torre se registasse e pudesse ser mais uma vez a rainha», justificou Joaquim Gomes, director técnico da Produção de Actividades Desportivas, que organiza a prova rainha do ciclismo nacional. Devido a esta impossibilidade de acordo com as autarquias serranas, vai ser a oitava tirada, que termina no Alto da Senhora da Graça, aquela que será a mais difícil, com três contagens de montanha de primeira categoria, e que deverá ser decisiva para se encontrar o vencedor da competição. Em relação às etapas da Beira Interior, a primeira, entre a Lousã e o Fundão numa extensão de 156,2 quilómetros, tem lugar já este domingo. Depois de uma passagem por Arganil, a caravana experimenta as primeiras dificuldades junto a Seia, onde há uma meta volante. Segue-se uma escalada para o prémio de montanha de primeira categoria, no cruzamento para a Torre, descendo os corredores para a Covilhã, com mais uma meta volante no Tortosendo, antes do término no Fundão. No dia seguinte, Penamacor estreia-se como ponto de partida de uma etapa da Volta numa jornada que terminará em Castelo Branco, naquela que será a tirada mais longa da prova, com 216,7 quilómetros. Esta é uma etapa de dificuldade média, com uma contagem de montanha de quarta categoria em Idanha-a-Nova e uma meta volante em Oledo. Na Serra do Muradal encontra-se nova contagem de montanha de terceira categoria, seguindo-se um ponto de bonificação em Oleiros e mais duas contagens de montanha em Serra de Alvelos (2ª) e Proença-a-Nova (4ª). Nas Moitas está a última meta volante, antes da chegada à denominada “Avenida das Palmeiras”, na EN18, em Castelo Branco. A terça-feira será dia de descanso, nas Termas de Monfortinho,de onde saem os ciclistas no dia seguinte, em direcção a Gouveia, percorrendo 183,7 quilómetros e passando, mais uma vez, pela Serra da Estrela, agora em sentido contrário. Esta etapa conta com três metas volantes (Belmonte, Manteigas e Pinhanços) e duas contagens de montanha, em Piornos e Gouveia, sendo o primeiro caso de primeira categoria e o segundo de terceira. A sexta etapa e o quinto e derradeiro dia dos ciclistas na região acontece no dia 11, quinta-feira. A caravana parte de Trancoso, cidade que há já muitos anos não recebia uma partida ou uma chegada da Volta. O percurso de 173,1 quilómetros vai levar os corredores até Fafe.
Vencedor da Volta a Itália marca presença
A 67ª edição da Volta a Portugal EDP em Bicicleta vai contar com um pelotão de 17 equipas, 10 portuguesas e sete estrangeiras, e 151 ciclistas. ASC-Chenco Jeans, Barbot-Pascoal, Carvalhelhos-Boavista, Duja-Tavira, Imoholding-Loulé, La Alumínios-Liberty Seguros, Madeinox-AR Canelas, Milaneza-Maia, Paredes Rota dos Móveis-Beira Tâmega e Riberalves-Goldnutrition são as formações lusas. A nível internacional, encontram-se as espanholas Comunidad Valenciana, Spiuk, Orbea e Catalunya-Angel Mir, as italianas Fassa Bartolo e Lampre-Caffita e ainda a inglesa Team Barloworld-Valsir. Como tem sucedido nos últimos anos, a Curiosamente, a nacionalidade mais representada no pelotão é a espanhola, com 61 corredores inscritos, seguindo-se a portuguesa com 57. Gilberto Simoni, vencedor da Volta a Itália em 2001 e 2003, Claus Moller, Cândido Barbosa e Nuno Ribeiro são alguns dos principais nomes presentes.
Ricardo Cordeiro