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VMER tem novas instalações

Apesar da nova casa, os velhos problemas continuam

Em princípio na próxima semana, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Guarda já estará sediada nas novas instalações criadas no Hospital Sousa Martins. Segundo o coordenador da VMER, o médico José Manuel Rodrigues, os últimos preparativos estão a ser ultimados, ou seja, o equipamento da «nova casa», situada no antigo edifício da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (Cercig) permanecendo assim na cerca do Parque da Saúde.

Para além das instalações serem «francamente melhores», sublinha o médico, a VMER ficará localizada mais perto das Urgências, o que permite actuar com mais rapidez e responder «ainda melhor» às necessidades. Porém, há um senão. É que, por enquanto, a viatura vai ficar junto às Urgências, afastada das novas instalações, pois «os acessos ainda não estão concluídos», explica o coordenador. De resto, o antigo edifício recuperado já se encontra pronto para receber a VMER, «só falta mesmo o equipamento», diz o médico. As antigas instalações no Centro de Saúde estavam há muito degradadas, «por vezes até chovia lá dentro», conta José Manuel Rodrigues, uma situação que vai repetir-se no novo espaço onde médicos e enfermeiros têm «melhores condições», destaca o responsável, acrescentando ainda que se encontra equipado com dois quartos, uma sala, uma cozinha e casas de banho com respectivos balneários. Esta mudança já estava prevista há algum tempo, mas só agora foram reunidas as condições para que isso aconteça.

A VMER está na Guarda desde de Julho de 2000 com um serviço que abrange todo o distrito e prestado actualmente por 16 médicos e cerca de trinta enfermeiros, existindo a possibilidade de virem brevemente a ser integrados mais profissionais. Em média a viatura é accionada três vezes por dia e «já salvamos muitas vidas», garante o coordenador. Contudo, há quatro anos que aguardam por melhores condições de funcionalidade, principalmente em matéria de comunicações, sendo que esta é a «única VMER do país» em que as chamadas via 112 não são alvo de uma triagem pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), refere o médico. Os pedidos de socorro são recebidos na central da PSP e por isso a saída da viatura médica «nem sempre se faz da forma mais eficaz», lamenta. Por isso, alega, é que acontece que a VMER seja solicitada depois da ambulância dos bombeiros chegar ao local do acidente e quando os socorristas se apercebem da gravidade das lesões. Uma situação que devia ter sido alterada ainda antes do Euro 2004, mas que «já não vai acontecer», lastima José Manuel Rodrigues. No entanto, o médico acredita que em breve – isto é, depois do Euro 2004 – «as coisas possam melhorar em termos operacionais». Até porque com a nova VMER do Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã, e outra em Castelo Branco, todas as chamadas vão passar a ser encaminhadas para o CODU de Coimbra, inclusive as das Guarda.

Comentários dos nossos leitores
rosa maria candida quaresma araujo ramalho rosa7ramalho@hotmail.com
Comentário:
Aquilo que podemos dizer deste serviço é que no dia 7 de janeiro deste ano um médico, Dr. António, e um enfermeiro, Sr. Carlos, entre as 17 e as 18 horas, foram à Escola da Sé salvar a vida do professor Carlos Ramalho, que sofreu um ataque cardiaco muito agressivo. Se não fosse a prontidão e o profissionalismo com que foi socorrico, o professor Ramalho já não estaria entre nós. Para esta gente anónima, que dá tudo em troca de nada, vão os agradecimentos, o reconhecimento e um Bem Hajam de uma família inteira. A esposa Rosa Maria, a filha Sara Lucia e o filho Carlos Luis agradecem o facto de grandes profissionais terem permitido que o marido e pai continue a conviver no dia-a-dia com a sua família.
 

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