O Aguiar da Beira sentiu, no último domingo, bastantes dificuldades para derrotar o Desportivo de Gouveia, que viajou até ao Campo Dr. Matos Cid para “fazer a vida negra” aos locais. Jorge Cardoso montou um esquema de jogo bem delineado e estruturado, apresentando-se com uma equipa muito jovem, mas muito “certinha”, com espírito de sacrifício e perigosa no contra-ataque.
Como já acontecera no desafio anterior, a formação da casa não entrou bem mas, a pouco e pouco, foi tomando conta do jogo. Já os visitantes jogaram à defesa e em contra-ataque durante toda a partida, mas dispuseram de algumas oportunidades de golo na primeira metade. Logo aos 2’, na marcação de um canto, os gouveenses criaram perigo e, aos 8’, Tó Zé rematou de cabeça às malhas laterais. Aos 21 foi a vez de Falcão rematar forte, enquanto Bruno, “pregado ao chão”, viu a bola passar a pouca distância do poste direito. O Aguiar da Beira foi assentando o seu jogo com o decorrer do tempo e assumiu rapidamente o comando das operações. Aos 6’, Agostinho, de livre directo, levou a bola directamente às mãos de Hugo. Depois, aos 16 , falhou uma flagrante ocasião, após Varandas tirar vários adversários do seu caminho e cruzar para Agostinho, mas Nuno Filipe desviou in extremis para canto. Até que ao cair do pano da primeira metade surgiu o tão procurado e desejado golo para o Aguiar da Beira, numa desatenção da defesa do Gouveia. Hugo não conseguiu defender o remate de Mozer, sobrando a bola para Nené, livre de marcação, marcar o primeiro golo do desafio.
Na segunda metade, o Gouveia empatou aos 56 , aproveitando um erro ingénuo de Bruno que, no bico da grande área, agarrou o esférico e meteu o pé à frente, atingindo Falcão. O árbitro Pedro Afonso assinalou penalti de imediato, que Nuno Filipe converteu com a bola para um lado e o guarda-redes para o outro. A partir daqui, o Aguiar foi avassalador perante um Desportivo de Gouveia que “entregou” a iniciativa de jogo, defendendo com “unhas e dentes” o empate. A equipa de Totá desenvolveu ataques bem delineados, mas pecou na finalização. O tempo foi passando e os nervos apoderaram-se dos 22 jogadores, tendo havido muitas faltas, algumas muito feias, mas o árbitro fez vista grossa em certas situações, embora tivesse mostrado quatro amarelos a jogadores de cada equipa e um vermelho. Apesar do perigo ter rondado ambas as balizas, a contenda ficou resolvida a favor dos homens da casa, quando, mais uma vez, ao cair do pano, o Aguiar beneficiou de uma grande penalidade a castigar falta de Falcão sobre Agostinho. Uma situação muito contestada pelo banco gouveense, mas que não impediu Agostinho de desfazer a igualdade. A equipa de arbitragem, chefiada por Pedro Afonso, começou bem, mas depois complicou muito.
Pedro Sousa