O Souropires voltou a vencer fora de portas, desta feita no reduto do Gafanha, e está cada vez mais tranquilo na tabela. A sua tarefa na deslocação à Gafanha da Nazaré não era nada fácil, mas o que é certo é que apesar de todas as dificuldades a equipa do concelho de Pinhel deu mais uma lição de entrega ao jogo.
Depois de dois resultados menos positivos, os atletas do Souropires entraram no relvado com o firme propósito de arrecadar os três pontos em jogo, pressionando o adversário desde o primeiro minuto, numa «atitude clara de demonstração aos mais incrédulos de que podem contar com o plantel para a manutenção neste escalão dos nacionais», afirmou Manuel Barbosa no final do encontro. O técnico do Souropires está consciente do valor dos seus atletas, referindo que já o demonstraram em situações anteriores, mesmo quando o resultado não lhes foi favorável. Apesar de controlar o jogo do primeiro ao último minuto, o Souropires passou por enormes dificuldades para conseguir arrecadar os três pontos. O seu treinador reconheceu a dificuldade da partida, que não está dissociada do facto de ter encontrado pela frente uma equipa que se situa na zona de despromoção. O Souropires regressou às cabinas no final do primeiro tempo com a vantagem miníma, graças a um golo marcado na sequência de um livre apontado na zona do meio campo em que Milford, já dentro da pequena área, aproveitou da melhor forma a falha de um dos centrais e do guarda redes da Gafanha.
Na segunda parte, a equipa da casa entrou com vontade de dar a volta ao resultado e logo no primeiro minuto, Pedro – que, em nosso entender, deveria ter visto a cartolina vermelha ainda durante o primeiro tempo por ter pisado propositadamente Zé Pedro quando este se encontrava no chão – teve nos pés o golo do empate que desperdiçou de forma infantil. A partir de então, o Souropires voltou a controlar a partida e aos 16 do segundo tempo, Milford, depois da marcação de um pontapé de canto do lado esquerdo, nem necessitou de tirar os pés do chão para facturar pela segunda vez. O Gafanha ainda conseguiu reduzir a desvantagem aos 28 da segunda parte. No entanto, os visitantes não se deixaram surpreender e saíram da Gafanha da Nazaré com três preciosos pontos que lhes permitem encarar o restante campeonato com mais alento. O trio de arbitragem, que viajou da “Cidade Invicta”, cometeu alguns erros, mas não teve influência no resultado final.
Fernando Araújo/Rádio F
