O Vilar Formoso recebeu e derrotou, no domingo, o Paços da Serra por 2-1, mas o protagonista do jogo acabou por ser o árbitro Bruno Pinto, que assinalou dois penáltis que deixaram muitas dúvidas.
Os visitantes entraram melhor no encontro e foram os primeiros a criar perigo, com Trindade a atirar rente ao poste após um livre. Contudo, foram os donos da casa a inaugurar o marcador, aos 18’. Um mau alívio da defesa pacense deixou João Ribeiro isolado e o atacante raiano, com calma, contornou o guarda-redes e atirou a contar. Os serranos responderam por Márcio, que fugiu pela direita e cruzou perto da baliza, tendo a bola embatido na trave antes de sair. O jogo era bem disputado, mas pertenciam ao Vilar Formoso as ocasiões de maior perigo, como aos 26’, quando Soares cabeceou ligeiramente ao lado após boa assistência de João Paulo, e aos 28’, num remate forte de Mano à entrada da área que obrigou Pedro à defesa da tarde. No respetivo canto, João Abel voltou a testar os reflexos do guardião pacense com um cabeceamento forte ao primeiro poste.
Até ao intervalo, destaque para mais um remate de meia distância de Mano, parado por uma excelente defesa de Pedro. No regresso dos balneários voltou a ser o Vilar Formoso a estar perto do golo, num remate rasteiro de João Paulo bem defendido por Pedro. Com o passar do tempo, o jogo foi perdendo intensidade com o Vilar Formoso a gerir a vantagem e o Paços da Serra a explorar o contra-ataque, mas sempre sem êxito. Até que, aos 68’, o árbitro Bruno Pinto assinalou grande penalidade a favor dos locais, numa decisão duvidosa e que suscitou fortes protestos do público afeto ao Paços da Serra. Chamado à conversão, João Ribeiro não perdoou e fez o seu segundo golo, sentenciando a partida.
A partir daqui, o jogo decaiu ainda mais de qualidade, destacando-se apenas um lance de Meliço, que apareceu em boa posição dentro da área mas atirou por cima, e um livre de Paulo Santos, já em tempo de compensação, que obrigou Rebelo a defender para fora. Na sequência do canto, o árbitro voltou a assinalar penálti por uma falta que só ele parece ter visto. Pinheiro encarregou-se da marcação e reduziu a desvantagem. O apito final chegou pouco depois com um resultado que acaba por ser justo e que premeia a melhor equipa em campo. O trabalho da equipa de arbitragem fica manchado pelas duas grandes penalidades, que parecem ter sido mal assinaladas, com destaque para a primeira, que “acabou” com o jogo.
Fábio Gomes