A ausência do presidente e vice-presidente da Câmara da Guarda na tomada de posse do novo Conselho de Administração da ULS, naquela que foi a primeira visita do ministro da Saúde Paulo Macedo ao Hospital Sousa Martins, continua a dar que falar.
O INTERIOR sabe que Joaquim Valente se encontrava de férias na Figueira da Foz nesse dia (28 de dezembro) e que Virgílio Bento estava na autarquia, mas não foi informado da cerimónia, nem tão pouco da necessidade de representar o município na ausência do presidente. Ao que apurámos, em vez do vice-presidente, essa função foi delegada em Elsa Fernandes, terceira vereadora do executivo, numa situação que terá desagradado a Bento, que só terá sabido a posteriori do sucedido e não terá gostado. Confrontado por O INTERIOR, Virgílio Bento não quis prestar declarações, confirmando apenas que estava na Câmara nesse dia.
Já a versão oficial da autarquia, que respondeu por escrito após solicitação de O INTERIOR, é um pouco diferente. A missiva começa por indicar que Joaquim Valente «se encontrava ausente da Guarda» a 28 de dezembro, mas que o vice-presidente estava «em funções noutro local», pelo que foi delegada na vereadora a representação da Câmara neste ato oficial. «Não houve nesta situação qualquer procedimento diferente do que é habitual com outras cerimónias do género», justifica o município, recordando que o executivo é constituído por cinco elementos e «a todos compete a função de representar a autarquia nas várias situações em que se encontram. A forma de gerir as agendas de cada um é um mero exercício de coordenação entre o presidente e os seus vereadores».
A resposta escrita refere ainda que o convite para a tomada de posse do CA da ULS da Guarda chegou «de véspera e sem qualquer referência a presenças de membros do Governo».
