O presidente da concelhia do PS da Guarda teceu, na segunda-feira, duras críticas ao candidato do PSD, derrotado nas últimas eleições autárquicas. Numa conferência de imprensa que serviu para fazer o balanço do sufrágio, Virgílio Bento não poupou Crespo de Carvalho, que se recusou felicitar os vencedores.
«Vencidos foram aqueles que não souberam reconhecer a derrota, que, perante uma votação tão expressiva, não souberam reconhecer os sinais que o povo lhes deu», disse o socialista. Para o também número dois da lista de Joaquim Valente, os «derrotados foram aqueles que, em vez de reconhecerem os seus erros, atribuem as culpas aos outros, aqueles que perante a sua atitude de arrogância, não têm a humildade democrática de reconhecer a derrota». Virgílio Bento foi mais longe e considerou que os sociais-democratas protagonizaram «uma campanha de insultos» a elementos da candidatura socialista e também se mostrou «pouco surpreendido» com as declarações de João Prata, presidente da concelhia do PSD, no domingo à noite. «À crítica e ao ataque fácil, respondemos com ideias e projectos; ao insulto, respondemos com o respeito pelas pessoas», declarou.
Quanto a Crespo de Carvalho, o dirigente socialista acusou o candidato independente de «não saber viver em democracia e em liberdade, reduzindo a discussão política à crítica fácil e ao insulto». Virgílio Bento aproveitou ainda para agradecer «a todos os que contribuíram para o melhor resultado de sempre do PS no concelho» em termos de votantes, já que Joaquim Valente foi eleito com quase 14 mil escrutínios e colocou cinco vereadores no executivo. Sublinhando a «vitória esmagadora» do PS, o presidente da concelhia socialista destacou igualmente «a forma cívica, participativa e empenhada» como decorreu o último acto eleitoral. E considerou que a «expressiva votação» conseguida pelos socialistas simboliza «o trabalho desenvolvido pelo engenheiro Joaquim Valente e a sua equipa, representando um voto de confiança pelo projecto apresentado pelas listas do PS».
