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Violência doméstica aumenta na Beira Interior

Relatório Anual de Segurança Interna relativo a 2009 denota ligeira diminuição no número de participações criminais na Guarda e aumento em Castelo Branco

A Guarda regista uma ligeira diminuição no número de participações criminais por distrito no Relatório Anual de Segurança Interna relativo a 2009, divulgado a semana passada pelo Ministério da Administração Interna. Quanto a Castelo Branco contraria a tendência verificada a nível nacional, apresentando um aumento de 6,7 por cento. Já no que concerne à violência doméstica, registou-se um incremento na Beira Interior com a GNR e a PSP a terem 693 participações só sobre este crime.

No caso da Guarda, o distrito aumentou de 255 participações em 2008 para 260 o ano passado, o que representa um aumento de dois por cento na taxa de variação anual relativa. Em Castelo Branco, o número de participações subiu de 405 (2008) para 433 em 2009, significando uma subida de 6,9 por cento, enquanto que a nível nacional houve um acréscimo médio de 10,1 por cento, sendo o número total de casos de 30.543. Seguindo a tendência já verificada em 2008, cerca de 83 por cento das vítimas identificadas nas participações policiais eram do sexo feminino e tinham 25 ou mais anos de idade. No que toca a participações criminais, a Guarda teve 4.023 casos em 2008, mais 27 que em 2009, o que representa uma quebra de 0,7 por cento. Contrariamente, em Castelo Branco, o número de registos subiu de 5.711 para 6.091 o ano transacto. Neste sentido, de acordo com o rácio relativo à criminalidade participada em cada distrito por mil habitantes, tanto a Guarda como Castelo Branco apresentam uma relação de menos de 30 crimes por milhar de residentes. Ao nível dos crimes contra as pessoas, os dois distritos têm uma participação superior à média nacional que é de 23,32 por cento. Na Guarda é de 27,63 e em Castelo Branco de 26,74. A mesma tendência verifica-se nos crimes contra a vida em sociedade, que tem 12,54 por cento de representatividade no total nacional. Assim, na Guarda, a percentagem é de 17,64 por cento e no distrito vizinho de 22,02. Quanto à criminalidade violenta e grave, em 2009, as Forças de Segurança registaram 69 ocorrências na Guarda e 162 em Castelo Branco, muito longe dos 10.876 de Lisboa. Outros ilícitos analisados foram os ocorridos em ambiente escolar que têm como período de referência o ano lectivo 2008/09, abrangendo o ensino público em todos os graus, bem como o particular e cooperativo. Em relação às participações por distrito, o da Guarda tem 0,9 por cento e o de Castelo Branco 1,1. Já quanto às participações por número de escolas, os números são nos dois casos de 0,2 por cento.

A nível nacional, o RASI 2009 revela que a criminalidade participada registou um decréscimo de 1,2 por cento em relação a 2008, o que corresponde a menos 4.979 crimes. Verifica-se também que a criminalidade violenta e grave diminuiu 0,6 décimas em relação ao ano anterior (menos 154 crimes), sendo que este tipo de criminalidade representa apenas 5,8 por cento do total de crimes participados em 2009. De acordo com o MAI, para este decréscimo contribuiu a diminuição registada no número de roubos a bancos (-13,9 por cento), a postos de abastecimento de combustível (-28,5), de ofensas graves à integridade física (-5), de roubos por esticão (-6,5) e de homicídios (-0,6 por cento). Observam-se, também, diminuições significativas nos furtos em residência (-12,2 por cento) e nos furtos de veículos motorizados (-10,8).

Ricardo Cordeiro Distritos da Guarda e Castelo Branco registaram 693 participações de  violência doméstica em 2009

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