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Vila Cortês a um ponto da liderança do Distrital

Equipa de Carlos Ascensão sentiu muitas dificuldades para derrotar Trancoso por duas bolas a uma

O Vila Cortês continua a fazer uma excelente campanha no Distrital da Guarda e já só está a um ponto do líder, o União de Seia, que nesta ronda empatou na Mêda. Apesar de ainda não ter folgado, ao contrário dos seus companheiros da frente, a prestação da equipa de uma pequena aldeia do concelho da Guarda é notável até ao momento. Bastante motivada, a formação treinada por Carlos Ascensão sentiu, contudo, muitas dificuldades para levar de vencida o Desportivo de Trancoso, que se mostrou um “osso” bastante difícil de roer.

Assim, os adeptos do Vila Cortês, que nos dois últimos jogos em casa festejaram 14 golos, tiveram que se “contentar” com um magro triunfo por 2-1. Os locais entraram melhor na partida e, logo aos 6 , Nelson podia ter inaugurado o marcador, mas o seu cabeceamento embateu na trave. Aos poucos, o Trancoso foi equilibrando o jogo, que passou a ser de muita luta a meio-campo. Perto da meia-hora, o Vila Cortês criou mais duas excelentes ocasiões. Primeiro, Victor Hugo, de fora da área, obrigou Sampaio a uma excelente defesa, depois, foi a vez de Futre fugir à defesa contrária para, em boa posição, cabecear por cima. Até que aos 41’, a grande surpresa deste campeonato chegou mesmo ao golo. Na sequência de um livre perto da área, Futre entrou muito rápido a disputar a bola com dois adversários e acabou estatelado no chão. João Gaspar, muito próximo do lance, não teve dúvidas e apontou de pronto para a marca de grande penalidade. Chamado a converter, como é hábito, Rui Ascensão não falhou e abriu o marcador.

Na segunda parte, o Trancoso entrou a todo o gás e chegou à igualdade logo no primeiro minuto, aproveitando da melhor forma uma falha de Paulo Araújo. O guarda-redes do Vila Cortês defendeu para a frente um remate de fora da área, com Marco Santiago, vindo detrás, a cabecear para o fundo das redes. Volvidos três minutos, os visitantes poderiam mesmo ter-se adiantado no marcador quando Quim, de livre directo à entrada da área, rematou em jeito fazendo o esférico roçar a trave. Passado este fulgor inicial, a equipa de Carlos Ascensão voltou a tomar conta do jogo e, aos 57’, viu um golo mal anulado – quanto a nós. Sampaio sacudiu para a frente um livre de Rui Ascensão, com Futre a encostar para a baliza, mas o árbitro assistente do lado do peão já tinha a bandeirola levantada, assinalando fora-de-jogo. O 2-1 chegou aos 68’. Tony, de livre, bombeou a bola para a área, onde Nelson saltou com Sampaio mas sem interferir na caminhada do esférico para a baliza, num lance que voltou a motivar muitos protestos dos trancosenses.

Em desvantagem, o Trancoso passou a atacar mais, embora sem criar oportunidades dignas de registo. Má arbitragem da equipa chefiada por João Gaspar. Para além dos dois golos do Vila Cortês terem suscitado algumas dúvidas e do outro pretenso tento mal anulado, não mostrou qualquer cartão no lance da grande penalidade e, para culminar, deu 11 minutos de compensação quando nada o justificava. No final, Carlos Ascensão considerou a vitória pela margem mínima um resultado «normal», ao contrário das recentes goleadas que o clube impôs, assumindo que ficar «em segundo ou terceiro é melhor do que sexto ou sétimo». José Afonso, por sua vez, foi bastante duro para com a equipa de arbitragem, ao classificar de «vergonha» o que se passou dentro do campo, falando nomeadamente dos lances dos golos dos locais.

Ricardo Cordeiro

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