«Ter objectivos e com empenho, colaboração e escassos recursos, nomeadamente financeiros, implementar projectos úteis e tecnicamente bem executados». Foi desta forma que Victor Santos, candidato independente apoiado pela coligação PSD-CDS/PP à Câmara de Celorico da Beira, resumiu a sua candidatura durante a cerimónia de inauguração da sua sede de campanha realizada no último sábado. O cabeça-de-lista da coligação prometeu «cativar apoios e candidatos através dos nossos ideais, respeitando as opções políticas dos celoricenses, sem recurso a promessas e pressões usadas por outras candidaturas», sublinhou.
Para Victor Santos, o «divisionismo político/partidário tem sido uma opção de gestão camarária que tem condicionado a vida pública celoricense, constituindo um obstáculo e estrangulamento ao desenvolvimento do concelho». O candidato da direita pretende «estimular a criatividade e capacidade empreendedora, necessárias para a resolução dos problemas estruturantes e para cativar o investimento privado, gerador de riqueza e criador de postos de trabalho».
O economista e oficial da Marinha mostra-se desiludido com a forma como a autarquia tem sido gerida e critica a falta de informação prestada pelo actual líder da edilidade, considerando mesmo que «o presidente da Câmara mais parece o vendedor de uma fábrica de promessas». Victor Santos lamenta que o executivo apresente muitos projectos, «não se sabe é quando serão concretizados». E assevera que esta forma de administrar o concelho legitima «os celoricenses a duvidar da bondade e veracidade dos projectos apresentados». Também a falta de informação sobre a situação financeira da autarquia merece preocupação ao candidato, para quem «o incumprimento legal de divulgação das contas no site oficial da Câmara» é lamentável. O candidato do PSD e CDS-PP revela estar preocupado com «as denúncias que me têm sido feitas sobre as pressões para condicionar a livre escolha política dos celoricenses, nomeadamente, através de ofertas de emprego na Câmara (entre 27 de Março e 12 de Junho foram abertos 63 concursos de admissão), da ameaça de despedimentos e de não renovação de contratos, de pressões sobre funcionários através das classificações de serviço, bem como, o aproveitamento político no pagamento a alguns fornecedores locais».
Victor Santos identifica várias situações que considera incorrectas ou alegadamente ilegais na forma como o executivo socialista actua e apresenta a sua disponibilidade para participar num debate público sobre os problemas do concelho e a situação política e financeira do município.
Rafael Mangana