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Viajar…

ENSAIOS

por Elsa Salzedas*

…é libertador. Há gente que se arrepia de prazer quando planeia uma viagem. Eu pertenço a esse clube, daqueles que estariam sempre de malas aviadas.

Durante este período de interrupção de atividades letivas, três professores desta escola integrarão uma formação, na área da Geologia, a realizar na Escócia. Estamos de partida para as montanhas mais antigas da Europa. O departamento de Geologia da Universidade de Coimbra orientará a componente científica. As experiências destas viagens são incríveis. Aprende-se imenso, in loco. Os nossos alunos são, obviamente, uns privilegiados.

Desde que me conheço que viajo. É um bichinho entranhado desde a infância. A descoberta de coisas novas, os sons, os cheiros, as cores, os sabores, tudo é magnífico. As sensações que uma viagem desperta são indescritíveis. A novidade, a descoberta, a aventura, as peripécias dos momentos que não correm como planeado, tudo é incrível, quando se viaja.

Viajar transforma-nos, quando contactamos com outros povos, outras culturas, com diferentes formas de estar na vida, com diferentes valores e recursos. E esta transformação é viciante: depois de começar, é difícil parar.

A filosofia budista manda que cada um de nós faça uma viagem a um local desconhecido, uma vez por ano. Não tem que ser longe; pode até ser bem perto, mas o mais importante é que seja desconhecido. A fuga à rotina é terapêutica e renovadora. Carregam-se as baterias para a etapa final do ano letivo.

Os pais devem sair com os filhos. Um passeio, uma caminhada, uma aventura acompanhados de um delicioso pic-nic são coisas simples de realizar e todos saem a ganhar. A fuga à rotina é obrigatória.

Quanto a nós, prometemos novidades fresquinhas da Escócia, no próximo número do Expressão.

*professora

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