A liderança já está na posse do Covilhã. Vinte e nove jornadas depois, os serranos chegam ao posto mais alto da tabela, numa jornada onde alcançaram uma vitória complicada em Estarreja e beneficiaram do empate do Mafra em Touriz. Os covilhanenses estão em grande forma, somam seis vitórias consecutivas e já não perdem pontos desde o Carnaval, altura em que foram derrotados pelo Esmoriz.
Mas a partida em Estarreja não foi nada fácil, já que o Sporting defrontou uma equipa com “a corda na garganta”. Os homens da casa puseram o “autocarro” à frente da sua área e os jogadores do Covilhã tiveram grandes dificuldades para implementar o seu jogo. Mas a equipa de Fanã podia ter logo arrumado o encontro nos primeiros 25 minutos, período em que criou três grandes oportunidades. Logo aos 5 , Luizinho, em jogada individual, esteve perto de abrir o activo mas Apolo conseguiu desviar para canto. Dez minutos depois, o avançado do Covilhã preferiu o toque em habilidade ao remate fácil, pelo que a bola acabou por sair ao lado. Aos 18 , Rui Miguel apareceu em boa posição para rematar e escorregou na “hora h”, perdendo-se mais uma boa hipótese. Aos 20 surgiu a melhor hipótese dos serranos no primeiro tempo, com Oliveira a fugir bem pela esquerda e a servir Rui Miguel, mas o disparo do avançado bateu no poste.
O problema é que o Estarreja acabou por marcar na primeira vez que chegou perto da área de Luís Miguel. O lance foi muito confuso. A bola andou a saltitar em zona proibida, embateu na trave e sobrou para os pés de Paulo Jorge, que não perdoou.
O Covilhã quebrou então um pouco e o Estarreja esteve perto de ampliar já nos últimos minutos da primeira parte. Primeiro foi Cláudio, que quase fez auto-golo, não fosse Tarantini salvar sobre a linha. Houve depois uma série de cantos para os locais em que a defesa do Covilhã passou séries dificuldades. Ao intervalo, Fanã efectuou duas alterações, mas os resultados demoraram a aparecer e foi inclusivamente o Estarreja a criar a primeira situação de perigo, com um remate de Micas a sair perto do poste. Mas a expulsão de Hernâni, por agressão a Rui Miguel, acabou por fazer pender a balança para o lado dos visitantes. E em seis minutos o Covilhã consumou o volte-face no marcador. Primeiro, num golo espectacular de Rui Miguel, aos 64’, uma autêntica “bomba” que não deu hipóteses a Apolo. Já a vinte minutos do final, na melhor jogada do encontro, sempre ao primeiro toque e onde intervieram cinco jogadores, Pesquina marcou o golo da vitória. Em cima do minuto 90, e depois dos serranos terem visto um golo anulado por fora-de-jogo a Pesquina, Pimenta esteve muito perto do terceiro, só que o remate, na sequência de um livre, embateu na trave. No final, Fanã, técnico do Covilhã, referiu que a equipa «acabou por não fazer uma boa exibição, num campo muito difícil».
Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã