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Verbas do Orçamento de Estado transferidas para a UBI não chegam para pagar despesas de pessoal

Instituição vai assinar contrato-programa com o Ministério para o desenvolvimento do curso de Medicina

Os cerca de 20 milhões de euros transferidos para a Universidade da Beira Interior para 2005 não deverão chegar sequer para suportar as despesas com o pessoal, cujo orçamento padrão «é muito superior ao transferido e deverá rondar os 21,5 por cento, disse Santos Silva. O reitor já escreveu, entretanto, à ministra da Ciência e do Ensino Superior a manifestar o descontentamento com a transferência de um orçamento «extremamente penalizador», ainda para mais quando foi a única instituição pública a crescer nos últimos dois anos. «Aumentamos o número de alunos e somos a única a ser os mais penalizados no OE transferido», acrescentou o reitor, esclarecendo que «de 2003 para 2004 a UBI crescemos 4,4 por cento e, de 2004 para 2005 cresceu cinco por cento. E já o ano passado decresceram o OE 2,1 por cento em relação a 2003 e para este ano houve um decréscimo de 1 por cento em relação ao ano transacto». Santos Silva criticou ainda os critérios de distribuição dos “plafonds” pelas instituições do Ensino Superior, sobretudo por existirem instituições a receber cinco milhões de euros a mais, para além do Orçamento padrão das despesas com o pessoal. «E aí, sentimo-nos extremamente lesados». Por enquanto, fica a promessa da ministra da tutela assinar em Outubro um contrato-programa com a Faculdade de Ciências da Saúde para o «desenvolvimento do curso». Medicina é o curso mais dispendioso da universidade, pelo que para continuar a desenvolver a metodologia inovadora e tecnológica que caracteriza o curso terá que haver reforço de verbas.

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