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Vento prejudicou espectáculo

Aguiar da Beira bateu Foz Côa pela margem mínima

Na recepção à equipa de Foz Côa, o Aguiar da Beira não foi capaz de pôr em campo o seu melhor jogo, mas conseguiu mesmo assim arrecadar mais três pontos. Numa tarde muito fria e com muito vento, o encontro no campo Dr. Matos Cid foi atípico e por vezes mal jogado, pese embora tivesse sido impossível praticar bom futebol com as rajadas de vento fortíssimas que se fizeram sentir no domingo.

Assim, salvou-se mesmo o golo marcado pelo Aguiar, que poderia ter cometido a proeza mais uma ou duas vezes. Logo aos 4’, Celso, isolado, com o guardião Valter pela frente, rematou, mas apanhou mal na bola e permitiu a defesa. Depois, aos 7’, Sérgio, também isolado, poderia ter marcado de cabeça, só que fez um autêntico passe ao guarda-redes. O único golo da partida surgiu aos 17’, por intermédio de Caleiro, após passe de Nuno Sena, e foi algo consentido pela defesa do Foz Côa. Os visitantes reagiram e, aos 30’, quase chegaram ao golo não fosse Andrew, com a baliza aberta, falhar o remate. Foi a melhor ocasião dos fozcoenses, cujos contra-ataques foram sendo travados pela defensiva aguiarense. Mesmo assim, chegaram por algumas vezes a incomodar o último reduto da equipa de Tótá, que controlou o jogo na primeira metade. De assinalar a excelente exibição de Celso, que, mais uma vez, foi duramente castigado sofrendo faltas muito duras, uma delas, aos 44 , de Mozer, antigo jogador do Aguiar da Beira, era merecedora de vermelho directo. Mas o juiz só exibiu a cartolina amarela.

Nada de novo no reatamento, apenas o facto de serem os locais a jogar a favor do vento. Previa-se por isso outra atitude e melhor desempenho dos aguiarenses, mas nada disso aconteceu. Uma das figuras do jogo foi a equipa de arbitragem, principalmente o jovem Hugo Geraldes, que pelas nossas contas marcou 39 faltas – quando poderia e deveria ter deixado jogar em muitas delas -, alguns foras de jogo mal assinalados e expulsou, por acumulação, Tino aos 72’. Uma decisão que não faz sentido, na nossa perspectiva, pois foi bola no braço e não o contrário. Depois, talvez para remediar o mal, expulsou um jogador do Foz Côa aos 75’, também por acumulação de amarelos. Apesar destas “falhas”, o trio fez um trabalho razoável. Segundo Rui Pimenta, treinador do Foz Côa, o empate teria sido o resultado «certo», enquanto que para Tótá a sua equipa conquistou uma «vitória justa, tendo controlado sempre o jogo».

Pedro Sousa

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