Dezassete obras concorrem ao Prémio Literário Vergílio Ferreira 2004, cujo vencedor será conhecido terça-feira, dia do nono aniversário da morte do escritor natural de Melo. Atribuído anualmente pela Câmara de Gouveia desde 1998, o galardão é dedicado este ano à categoria de ensaio, o que acontece pela segunda vez na sua história, registando um número recorde de inscritos.
O prémio foi instituído em homenagem a Vergílio Ferreira e apenas tem premiado até agora romances inéditos, não tendo sido atribuído por duas ocasiões. Em 2000 (Ensaio), o júri teve em conta as poucas obras a concurso e a falta de qualidade dos trabalhos apresentados. Dois anos depois, também a temática dos Estudos Locais, introduzida em 2001 por sugestão de Álvaro Amaro, actual presidente da Câmara, não foi bem sucedida. O vencedor receberá um prémio monetário de cinco mil euros. A madeirense Margarida Marques, com “Um Dia Depois do Outro”, foi a vencedora em 1998, Ascêncio de Freitas (Setúbal) e “A Reconquista de Olivença” foram galardoados no ano seguinte, enquanto “O Claustro do Silêncio”, de Luís Filipe Rosa (Alcobaça) mereceu a unanimidade do júri de 2001. Em 2003 foi a vez de “Clenardo e o Príncipe”, um romance histórico de Serafim Ferreira (Porto), que privou com Vergílio Ferreira. O prémio vai ser entregue em Agosto, por ocasião do feriado municipal de Gouveia, altura também para lançar a edição em livro do ensaio. O júri é constituído por cinco personalidades de reconhecida idoneidade, uma das quais, que presidirá (Alípio de Melo), é indicada pela Câmara de Gouveia. Os restantes elementos são um especialista na obra de Vergílio Ferreira, um escritor e dois representantes da Associação Portuguesa de Escritores e do Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários. Segundo o regulamento, o Prémio Vergílio Ferreira assegura, em anos consecutivos, o concurso destinado a originais de Romance, Ensaio Literário sobre Vergílio Ferreira e Estudos Locais de Património, História ou Cultura do concelho de Gouveia.
