O ex-ministro da Educação, Veiga Simão, vai estar hoje à tarde no pólo Ernesto Cruz da Universidade da Beira Interior (UBI) para apresentar o estudo do Grupo de Trabalho que vai definir os princípios da reorganização da rede de ensino superior. O antigo ministro foi convidado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior (MCIES) para coordenar a equipa por ter um profundo conhecimento acerca do sistema de ensino superior. As conclusões do estudo foram apresentadas na última terça-feira em Lisboa e estará em discussão durante um mês. Veiga Simão tem-se demonstrado desencantado com as políticas que têm sido tomadas no sistema de Ensino Superior e defende no estudo um novo sistema de avaliação para medir a qualidade do desempenho das instituições e dos professores, tendo em conta a qualificação dos recursos humanos, internacionalização do desempenho, aspectos financeiros e físicos, a capacidade de criação científica e sucesso escolar. Critérios que, no seu entender, devem ser quantificados e os cursos receberem níveis de apreciação. Daí que a ministra Maria da Graça Carvalho já tenha anunciado o lançamento de um novo modelo de avaliação das instituições de ensino superior, que passarão a ser classificadas como Regular, Bom, Muito Bom e Excelente. Um modelo de financiamento orientado para o incentivo à qualidade e que elimine a «protecção escandalosa» de alunos fantasma no sistema, bem como a permanência de professores invisíveis, e a criação de uma base de dados académicos são algumas das ideias defendidas por Veiga Simão. O reitor da UBI, Santos Silva, esteve na apresentação do estudo e disse a “O Interior” «concordar e discordar de alguns pontos», sem no entanto especificar. «Vou aproveitar a oportunidade de Veiga Simão estar na UBI para debater o estudo», realçou.
