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Variante de Seia já não passa pelos terrenos da Casa de Santa Isabel

Câmara recebeu propostas de traçado e optou por uma via que não atravessa a Quinta do Formigo

A segunda fase da variante de Seia, pensada para ligar a EN231 à ER 339 (estrada da Serra), não irá atravessar os terrenos da Casa de Santa Isabel. A garantia é do presidente da Câmara, que diz que a autarquia já se decidiu por «um traçado que não passará pela Quinta do Formigo», entre três propostas enviadas pela Estradas de Portugal (EP) há cerca de duas semanas.

A nova via já não vai nascer nas proximidades do Intermarché, em S. Romão, mas «perto da Urbanização dos Martinhos», na freguesia de Seia, adianta Filipe Camelo, esclarecendo que se mantém «o outro ponto de ligação». De acordo com o autarca, a EP estudou 10 soluções possíveis de traçado, sendo que três foram apreciadas pela autarquia. «Uma destas previa passar pela Quinta do Formigo, mas foi rejeitada», assegura Filipe Camelo, referindo que a outra foi descartada por apresentar «várias dificuldades técnicas». Quando a Casa de Santa Isabel lançou a petição “on-line”, no mês passado, «não havia nenhuma proposta objectiva», recorda o edil senense, considerando, por isso, que a decisão da instituição «não foi a melhor em termos temporais».

Já o presidente da direcção da instituição, Carlos Páscoa, congratula-se com a escolha da autarquia, que lhe foi comunicada pessoalmente por Filipe Camelo na semana passada. «Estamos satisfeitos porque houve sensibilidade relativamente à nossa posição», afirma o dirigente deste organismo vocacionado para instruir, preparar e integrar cidadãos com necessidades especiais. «Valeu a pena lançar a petição», conclui Carlos Páscoa, constatando que só assim as preocupações da Casa foram tornadas públicas. Segundo este responsável, cerca de 6.500 pessoas assinaram o documento, das quais 4.000 “on-line” e 2.500 em papel, recolhidas porta-a-porta. A petição contestava a possibilidade da variante poder afectar a quinta terapêutica, cujo projecto social seria posto em causa. A Casa de Santa Isabel situa-se entre os dois pontos de ligação inicialmente previstos, num terreno de 35 hectares que poderia ser atravessado pela estrada, separando as suas seis casas residenciais, bem como toda uma área que abrange percursos pedestres, explorações de agricultura biológica e de silvicultura sustentável, num ambiente terapêutico que começou a ser criado em 1981.

O abaixo-assinado da Casa de Santa Isabel conseguiu 6.500 assinaturas

Variante de Seia já não passa pelos terrenos
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