O Foz Côa afastou o Aguiar da Beira na segunda eliminatória da Taça de Honra da AFG, no desempate por grandes penalidades após o tempo regulamentar ter terminado com uma igualdade a duas bolas.
Numa bela tarde de sol assistiu-se a uma primeira parte de muita entrega de ambas as equipas, com a bola muito disputada a meio-campo, pelo que o futebol praticado nem sempre foi agradável. Digna de registo apenas uma boa jogada de Josivan correspondida com uma boa intervenção de Valter. Na sequência dessa jogada resultou a lesão de Mauro, substituído por Fábio Fernandes, que se posicionou no meio-campo, passando João Abel para defesa direito. A registar ainda uma bola na barra da baliza dos visitantes e o excelente golo do Aguiar da Beira, da autoria de Vítor Hugo, após boa jogada pela direita de Tiago Rocha. Na segunda parte, e logo aos 50’, o mesmo jogador, isolado, poderia ter decidido o jogo para o Aguiar mas, uma vez mais, Valter realizou uma excelente intervenção com os pés.
O Foz Côa pareceu acordar para a realidade e arriscou um bocado mais na busca do empate, tendo-o conseguido por Maio após a marcação de um pontapé de canto. Já aos 76’, Silva, num lance de génio, rematou a cerca de 30 metros da baliza e obteve um belo golo que não deu hipóteses para o guarda-redes aguiarense. Já na parte final do encontro, os locais voltaram a adormecer e disso tirou partido o Aguiar, que, por intermédio de Fabiano, restabeleceu a igualdade. O empate registado no final dos 90 minutos era justo, pois o Foz Côa recuperou bem da desvantagem e teve em Valter a habitual segurança e a inspiração de Silva no lance do segundo golo. Já o Aguiar foi perdulário, mais uma vez, e algo desconcentrado no segundo tempo, apenas reagindo no final, quando era tarde demais.
Nos penáltis brilhou a classe do guardião fozcoense, que defendeu duas grandes penalidades, enquanto a eficácia dos seus colegas resolveu a eliminatória, pois não falharam qualquer pontapé. O árbitro Silvério Sousa esteve tecnicamente impecável, bem fisicamente e excelente na lei da vantagem, deixando sempre jogar. No aspeto disciplinar poderia ter exibido mais um ou outro cartão amarelo por faltas. Já as expulsões do jogador e dos elementos do banco do Aguiar ter-se-ão devido provavelmente a “bocas” e só ele e o seu assistente saberão das razões das mesmas.
Daniel Soares
