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Vale do Douro prepara-se para ser quarto destino turístico nacional

Plano de Desenvolvimento foi discutido segunda-feira e deverá ser entregue ao Governo até 30 de Abril

O desenvolvimento do turismo no Vale do Douro é uma prioridade para o Governo, que pretende transformar esta região no quarto destino turístico de Portugal, afirmou segunda-feira, em Vila Real, o secretário de Estado do Turismo. Luís Correia da Silva falava à margem da primeira reunião da Comissão de Acompanhamento da elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro (PDTVD), que teve como objectivo apresentar a metodologia de elaboração deste plano e promover a participação das entidades regionais e agentes do turismo.

Com a concretização de vários projectos pretende-se, segundo o governante, citado pela agência Lusa, transformar o Douro no quarto destino turístico de Portugal, logo a seguir a Lisboa, Algarve e Madeira. A elaboração do PDTVD foi determinado em Conselho de Ministros a 31 de Julho por considerar aquele vale como «zona de excepcional aptidão a vocação turística» devido à riqueza do seu património natural, paisagístico, histórico, cultural e ainda à produção de vinho do Porto e Douro. Este plano, que será entregue ao Governo até 30 de Abril, quer criar as «condições favoráveis ao desenvolvimento de toda a região», que une três áreas classificadas pela UNESCO: centro histórico do Porto, Alto Douro Vinhateiro e o Vale do Côa. Segundo o secretário de Estado, com base nesse documento, o Governo promoverá um conjunto de investimentos a nível de acessibilidades, nos quais já se integra a futura A4, entre Amarante e Vila Real e a sinalização e informação turística, sendo alguns destes projectos promovidos até 2007.

Estes investimentos pretendem consolidar e potenciar o desenvolvimento dos novos equipamentos turísticos que estão a ser projectados para a região do vale Douro.

O objectivo é dinamizar e requalificar o turismo fluvial, de desporto, gastronómico, o enoturismo, o património histórico, arquitectónico, cultural e ambiental, em conjugação com novos pólos de atracção turística que passam pela construção de hotéis de luxo e até campos de golfe. «Não queremos invadir o Douro com campos de golfe, mas atrair turistas para a região de forma que estes aqui permaneçam mais de um ou dois dias, como acontece actualmente», adiantou. Luís Correia da Silva referiu que a concretização de todos estes projectos visa a criação de condições que atraiam parte dos cerca de 140 milhões de turistas em todo o mundo que anualmente procuram destinos com perfis idênticos aos do Douro, caracteristicamente da classe média ou média alta e possui uma média de idade que ronda os 50 anos. A Comissão de Acompanhamento do PDTVD é presidida por Arlindo Cunha, também presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, e integra ainda elementos da API – Agência Portuguesa para o Investimento e da Direcção Regional do Norte do Ministério da Economia. Para este responsável, o «Douro tem um potencial turístico fabuloso, único no mundo, ainda quase todo por aproveitar e a grande aposta do PDTVD consiste em tornar possível e real o compromisso entre o património e o desenvolvimento».

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