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UNESCO avalia Geopark Estrela no sábado

Candidatura vai ser analisada na oitava Conferência Mundial de Geoparks, mas a decisão final só será conhecida no início do próximo ano

É já este sábado que a candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial da UNESCO será analisada, durante a oitava Conferência Mundial de Geoparks, que decorre em Itália. Mas a decisão final só deverá ser revelada no início de 2019.

O anúncio foi feito na sexta-feira, na Torre, na assinatura do contrato relativo ao projeto “Valorização da Oferta Turística do território Geopark Estrela”, cerimónia que contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. De acordo com Emanuel de Castro, coordenador executivo da Associação Geopark Estrela, «do resultado desse “Council” há uma apreciação e uma opinião formulada, que depois terá de ser ratificada pela própria UNESCO». Por isso, o que saberá por agora não será uma «uma decisão oficial», mas sim «o passo mais importante para termos a classificação», sublinhou Emanuel de Castro. O responsável disse que está confiante na aprovação da candidatura, pois em julho último foi feita uma avaliação dos peritos da UNESCO que «ficaram muito agradados com aquilo que este território tem para oferecer» e com o trabalho realizado pela associação.

Já a secretária de Estado do Turismo confessou ter «uma grande expectativa» no reconhecimento internacional da Serra da Estrela. «O que sentimos é que cada vez mais a Serra da Estrela pode viver não só da época tradicionalmente alta da neve, mas também como um destino de natureza, de trilhos, de passeios a pé, que são cada vez mais a tendência internacional», disse Ana Mendes Godinho. Criada em 2016, a Associação Geopark Estrela, sediada na Guarda, entregou em novembro de 2017 a candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial da UNESCO. Os trabalhos começaram em 2014 e no ano seguinte foi assinado o memorando de entendimento com os nove municípios abrangidos (Gouveia, Manteigas, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Seia, Oliveira do Hospital, Covilhã e Belmonte). Este território tem 2.216 quilómetros quadrados de área e 170 mil habitantes.

Valorização da oferta turística apoiada com 200 mil euros

O projeto “Valorização da Oferta Turística do território Geopark Estrela” prevê «cerca de 200 mil euros de financiamento, por parte do Turismo de Portugal, no âmbito do programa “Valorizar”, e inclui a requalificação do Centro de Interpretação da Torre, a sinalização de trilhos e da própria Serra da Estrela – e aqui não só a serra, mas todos os territórios que fazem parte do Geopark Estrela», referiu Ana Mendes Godinho.

Incluída na candidatura está também a elaboração de uma «plataforma de conteúdos alimentada pela oferta privada e pública para que quem chega à Serra tenha logo acesso a um conjunto de informação do que pode aproveitar e usufruir», acrescentou a governante. Tornar a Serra da Estrela «um destino de todo o ano» será uma das prioridades e, para a secretária de Estado, o Geopark Estrela será uma «oportunidade fantástica» para articular o público e o privado na promoção da «Serra da Estrela como um destino». Para o coordenador executivo da Associação Geopark Estrela, a execução do projeto vai permitir, entre outros aspetos, «refuncionalizar alguns espaços turísticos importantes» da região, como o antigo Centro de Interpretação da Torre que a partir de hoje passa a funcionar como Centro de Interpretação do Geopark Estrela. Os trabalhos a executar começam em setembro e estarão concluídos «até ao final de 2019».

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