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«Uma estrutura ao melhor nível entre as cidades médias do país»

Victor Amaral, presidente do “Aquilo”, diz que a Guarda vai dispor de um espaço para espectáculos multidisciplinares

«Este espaço tem necessariamente de ser trabalhado para atrair muitos públicos, sendo que a qualidade da cultura não pode ser quantificada pelo número de espectadores que assistem a um espectáculo». Para Vítor Amaral, presidente do “Aquilo” – Grupo de Teatro, a futura sala de espectáculos será «um dos maiores ganhos globais para o futuro da Guarda», advertindo, no entanto, que terá que existir uma estratégia «clara para promover o desenvolvimento da cultura na região».

De acordo com este responsável, «o mais fácil está feito», uma vez que a obra está a caminho do seu termo, faltando agora a parte mais importante: «Dar conteúdos para responder de um modo planificado e estratégico às expectativas das pessoas», sublinha. O presidente do “Aquilo” considera ser importante clarificar se a sala de espectáculos vai destinar-se a um público «local, regional ou até nacional», considerando estarem reunidas condições para atrair pessoas da Covilhã, Castelo Branco, Viseu e das outras cidades do distrito da Guarda. Enquanto cidadão, Victor Amaral quer «ser surpreendido com espectáculos multidisciplinares» que englobem vários campos como o teatro, música, dança, artes plásticas, entre outros. De resto, o novo espaço cultural da cidade vai permitir a realização de grandes espectáculos «a que a Guarda nunca teve acesso», espera, exemplificando com as óperas ou os espectáculos de dança.

«Ninguém quererá um “elefante branco”», sustenta quando questionado sobre o melhor método para coordenar a gestão do espaço, salientando que a Câmara, por ser a dona da obra, deverá definir a gestão da estrutura. Da mesma forma, Amaral acredita que nesta altura do campeonato, a edilidade já terá idealizados «um modelo de gestão e um cronograma de programação», considera. Quanto a uma eventual participação das associações culturais locais na gestão, o presidente do “Aquilo” deixa a “porta aberta”: «As colectividades têm o seu trabalho feito no terreno pelo que a Câmara sabe a que portas bater», diz. Por último, Victor Amaral realça que, independentemente do figurino de gestão que vier a ser adoptado, a estrutura exige «alguém com capacidades demonstradas ao nível da gestão de espaços culturais deste género», conclui.

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