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Uma aventura na VICEG*

Depois de tanta propaganda, a neve acabou por assentar na Guarda. Os avisos foram feitos e bem anunciados: na televisão, no rádio, nos jornais e até mesmo nas redes sociais. Na manhã de segunda-feira, as rádios locais anunciavam o fecho das escolas e o estado das estradas não aconselhava grandes aventuras, mas mesmo assim foram muitos os que saíram de casa… E foi até onde andasse!

Foram muitos os que se aventuraram e tentaram ir até à cidade e ainda mais os que se deslocaram até à VICEG numa altura em que esta ainda não estava nas melhores condições. Seja para chegarem ao trabalho ou por lazer, os cuidados na neve são indispensáveis, desde as correntes a uma condução preventiva, mas há quem insista em andar na estrada e desafiar a sorte… O que aconteceu na via de acesso à cidade? Muitos deixaram por lá os veículos. Estes podem apontar as culpas às entidades da cidade por não limparem atempadamente ou por não cortarem as vias mais complicadas,… Ou alegar que não podem ficar em casa à espera, mas quando a situação se repete constantemente e os acessos à cidade se enchem de carros atravessados e/ou abandonados sempre que neva, é caso para dizer que só sai quem quer.

Outra questão é os meios ao dispor no concelho nestas ocasiões, pois foram reforçados mas, visivelmente, ainda não são suficientes. Está a nevar mas o mundo não para. Falo na Viceg, mas também houve imagens de situações complicadas no centro da cidade. Não é frequente nevar desta maneira, e ainda bem, porque nestes “simulacros” que volta e meia acontecem na cidade o chumbo é mais que certo. Agora pergunto eu: Como querem vender esta paisagem fantástica a turistas quando não conseguimos chegar ao topo? Há duas formas, ou investem em equipamento de limpeza e a cidade fica transitável ou então oferecem a cada família do concelho um todo-o-terreno. Pode ser que assim todos possam fazer piões nas rotundas e não sejam apenas os suspeitos do costume que, à falta de mais que fazer, ocupam as estradas para ainda fazerem pouco de quem tem que as usar.

*Titulo da responsabilidade da redação

António Matos, Guarda

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