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Um defesa na pele de “matador”

Mário Carvalho garantiu triunfo do Manteigas sobre o Sporting da Mêda

O Manteigas bateu o Sporting da Mêda pela margem mínima na segunda jornada do Distrital da Guarda, num resultado que algo surpreendente. Isto porque, na época transacta, as duas equipas militaram em divisões distintas, já que os serranos disputaram a IIª Distrital e os medenses actuaram no Nacional da IIIª Divisão.

Até foi a Mêda que entrou melhor na partida e desperdiçou várias ocasiões de golo perante a incapacidade de reacção dos locais. O primeiro sinal de perigo foi dado logo aos 2’, por David Reis, que, completamente sozinho na pequena área, cabeceou para fora. Numa jogada semelhante, aos 10’, foi a vez de Batata não acertar no alvo. O Manteigas não conseguia sair a jogar e, três minutos depois, a Mêda voltou a estar perto do golo, mas Edi cabeceou ao lado. A primeira vez que a equipa da casa importunou o guardião visitante ocorreu aos 17’, quando Ricardo Quelhas, de livre directo, atirou forte para defesa atenta de Zé Luís. O jogo entrou então numa toada mais morna, até que, aos 37’, David Reis surgiu em zona de finalização, mas demorou muito e acabou desarmado.

O Manteigas reagiu na parte final e, aos 40’, o recém-entrado Fábio Nogueira, numa jogada algo confusa, fez a bola raspar na trave após saída em falso de Zé Luís. Já em cima do intervalo foi a vez de Nuno Serra atirar um “chapéu”, que que saiu ligeiramente por cima. No segundo tempo, a Mêda entrou algo apática, enquanto o Manteigas surgiu com outra atitude que viria rapidamente a dar frutos. Logo aos 50’, Nelson Micael obrigou Zé Luís a sacudir para fora um excelente pontapé de bicicleta. Na sequência do canto, apontado por Ricardo Quelhas, o veterano Mário Carvalho, que actuou a central, surgiu ao primeiro poste a dar um toque subtil na bola e a marcar, sem hipóteses de defesa. Aos 56’, Nuno Serra viu Patoilo em cima da linha evitar que marcasse. A Mêda reagiu aos 62’, mas o remate de Jean, recém-entrado, saiu rente ao poste esquerdo.

O Manteigas quase ampliar a vantagem aos 68’, com João Bruno a desviar de cabeça também por cima. Nos últimos minutos, os visitantes intensificaram os ataques, mas nem com mais um homem, após a expulsão de Ricardo, conseguiram empatar. Trabalho positivo de André Silva. No final, Armandino Suzano reconheceu que «na primeira parte, a Mêda entrou melhor. Na segunda corrigimos, jogámos de igual para igual e penso que o triunfo nos assenta bem, mas se acabasse empatado também não ficava mal». Pelo lado da Mêda, Artur Lobão destacou o «bom jogo» do primeiro tempo: «Não aproveitámos as oportunidades que criámos e acabámos por perder num lance em que não estávamos concentrados», sublinhou.

Ricardo Cordeiro Tibério esteve algo apagado pelo lado da Mêda

Um defesa na pele de “matador”

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