Arquivo

ULS da Guarda com cinco novos médicos

Clínicos vão «engrossar o capital humano da instituição», diz Carlos Rodrigues

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda conta com cinco novos médicos especializados em saúde geral e familiar. A assinatura dos contratos com quatro dos cinco profissionais decorreu na semana passada, na sede da ULS. Segundo Carlos Rodrigues, presidente do Conselho de Administração (CA), a instituição vai contar também com mais um clínico. «Foram-nos atribuídas cinco vagas mas a quinta pessoa preferiu ir para a atividade privada. Em contrapartida já conseguimos contactar outro médico e ver se conseguimos que ele venha ocupar essa vaga».

Os novos profissionais serão distribuídos pela Guarda (um no centro de saúde e outro na Unidade de Saúde Familiar “A Ribeirinha”) e pelos Centros de Saúde de Seia, Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel. Rui Gonçalves é um dos jovens médicos e escolheu a Guarda em primeiro lugar por ser «natural daqui e toda a minha formação foi feita cá», afirmou. Também Cláudia Pimpão optou por fazer o internato na cidade mais alta, onde já está «há quatro anos e quero continuar a colaborar com a ULS». Por sua vez, Elisabete Valério vem de Viseu para «aproveitar esta oportunidade, pois temos de apostar no interior e desenvolver as capacidades e recursos existentes». O quarto médico é também de Viseu e decidiu vir para a Guarda para «colmatar a falta de recursos humanos existentes na região». Para Rui Oliveira, o facto de estar perante uma zona onde a população é, maioritariamente, envelhecida, é «desafiante e vamos planear as atividades diárias para responder a esse desafio».

Carlos Rodrigues considerou que a contratação dos cinco clínicos «é um bom reforço» para a ULS guardense e para melhorar o serviço prestado. Os jovens médicos vão «engrossar o capital humano da ULS, uma organização com 1.800 pessoas, 13 centros de saúde, dois hospitais e que serve uma população de cerca de 150 mil habitantes», recordou o presidente do CA. O administrador anunciou ainda que foi também contratada uma especialista em Reumatologia, que vai iniciar funções no próximo dia 1 de agosto. Trata-se de um «valioso reforço» para o serviço, realizado nos hospitais da Guarda e de Seia, que conta atualmente com dois médicos. Sobre a carência de enfermeiros, o responsável adiantou que está a decorrer um concurso aberto para serem ocupadas 34 vagas do quadro visando a transferência dos profissionais que estão «em situação mais precária de aquisição de serviços para o quadro propriamente dito». «Estamos a aguardar que o Governo autorize mais vagas para colmatar a carência da passagem das 40 às 35 horas semanais», disse Carlos Rodrigues.

Ressonância Magnética «já está operacional»

O presidente do CA revelou aos jornalistas que a Ressonância Magnética «já está operacional». Carlos Rodrigues garantiu que «já houve testes» e que, em pleno, o equipamento começa a funcionar esta semana, servindo toda a Beira Interior. O responsável acrescentou ainda que «foi feito um grande investimento para colocar o equipamento a funcionar e a sua operacionalização exigiu muitos testes». Embora a máquina já estivesse a funcionar, era necessário «organizar melhor toda a área de Imagiologia», justificou Carlos Rodrigues.

Toda a organização foi realizada em colaboração com os serviços de Imagiologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), tendo contado com o apoio do seu diretor, «por ser uma área relativamente nova e complexa para o hospital da Guarda», afirmou o administrador, adiantando que «a médica da especialidade em Imagiologia já tem horário mais alargado ao longo da semana e os relatórios mais complexos vão por telemedicina para Coimbra». Até agora os utentes que tivessem de recorrer ao aparelho de Ressonância Magnética eram obrigados a fazê-lo no setor privado, acarretando «custos bastante altos e os inconvenientes de terem de se deslocar», acrescentou o responsável.

O equipamento, no valor de cerca de 1,3 milhões de euros, foi instalado em 2013, mas nunca funcionou devido à falta de especialistas e ao alegado desaparecimento do hélio necessário para o seu desempenho.

Patrícia Garrido Jovens profissionais serão distribuídos pela Guarda, Seia, Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel

Sobre o autor

Leave a Reply