Começa hoje, em Roterdão (Holanda), a prova Shell Eco-Marathon, uma competição ecológica que distingue as equipas com carros que cumpram a maior distância possível com um mínimo de combustível ou energia. A UBI, com o UBICAR, é a única representante da região, uma vez que a Escola Profissional de Trancoso (EPT) desistiu por «motivos mecânicos».
O desafio já vai na 28ª edição e pela primeira vez desenrola-se num circuito urbano, traçado na cidade portuária de Roterdão. Existem dois tipos de categorias, o protótipo e o urbanconcept, mas as mais de 200 equipas participantes têm o mesmo objetivo: fazer o maior número de quilómetros com apenas 1 litro de combustível, ou 1 kWh, caso o carro seja elétrico. A Universidade da Beira Interior (UBI) marca presença nesta prova com o Ubicar, um veículo com características citadinas que irá competir na categoria urbanconcept. Na última edição, realizada em Lausitz (Alemanha), a equipa covilhanense conseguiu um honroso sétimo lugar, percorrendo 168 quilómetros com apenas um litro de gasolina.
Os responsáveis pelo projeto são Fernando Santos, Paulo Fael, José Páscoa e Francisco Brójo. O docente Fernando Santos adianta que o carro «é de cariz pedagógico e conta com a colaboração de docentes e alunos da área da Eletromecânica e de outros departamentos, nomeadamente das Ciências Aeroespaciais». Os alunos têm assim «a possibilidade de aplicar e aprofundar conhecimentos teóricos em diversas áreas científicas». Para esta edição, os objetivos do Ubicar são «passar nas rigorosas inspeções técnicas, concluir a prova com uma marca melhor que a conseguida na Alemanha e apresentar um novo sistema de travagem, concorrendo ao prémio inovação tecnológica».
Uma oportunidade que a EPT não vai ter, uma vez que foi obrigada a desistir um dia antes da partida para a Holanda. Tudo porque surgiram problemas mecânicos que comprometeram a participação do Mecauto, o nome dado ao seu protótipo. «Tivemos bastante azar com o carro, pois, quando se esperava que o veículo fosse funcionar, os problemas mecânicos foram muitos e foi impossível continuar», adiantou a O INTERIOR o diretor da EPT e responsável pelo projeto. Mesmo assim, Domingos Moreira agradece o esforço e empenho de «toda a gente envolvida no carro, pois tentaram o possível, fazendo diretas e trabalhando para que o carro funcionasse a tempo».
No entanto, o Mecauto terá brevemente outra oportunidade de ser testado, já que a EPT vai participar numa prova das Provas de Aptidão Profissionais (PAP) dos alunos de engenharia. Já a Shell Eco-Marathon termina no sábado, envolvendo sete equipas portuguesas.
