A Universidade da Beira Interior (UBI) continua na senda do empreendedorismo. Depois do Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, onde é accionista e um dos parceiros fundamentais, a UBI integra agora um grupo de sete instituições de ensino superior que se juntaram para criar um Fundo de Capital de Risco de apoio ao empreendedorismo. O “FIQ Universitas Start-up”, como foi designado o projecto, deverá arrancar até ao final deste ano e pretende apoiar financeiramente os negócios gerados nas universidades (designados como “spin off” académicos).
A ideia da criação deste fundo partiu do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e, para além da UBI, compõem o grupo fundador a Faculdade de Ciências de Lisboa, a Universidade do Algarve, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Évora e a Universidade de Aveiro. Constituído com um capital social inicial de três milhões de euros, comparticipado por entidades bancárias e pelas universidades, o FIQ Universitas Start-up irá apostar em «projectos de base tecnológica de pequena dimensão, até um máximo de 150 mil euros», revela Mário Raposo, um dos responsáveis da UBI pela iniciativa. Os estudantes ou investigadores terão agora uma oportunidade e ajuda financeira para desenvolverem as suas ideias inovadoras. Mas este fundo não se destina apenas aos alunos das academias que compõem o Fundo, mas a «todos os empreendedores», mesmo que não sejam estudantes. O que importa é que a ideia de negócio seja «viável» e que, acima de tudo, seja uma «mais-valia» para o desenvolvimento económico e tecnológico de Portugal. Por isso é que os projectos serão avaliados por uma equipa externa, a criar brevemente.
Luís Reto, presidente do ISCTE, disse ao “Expresso” que numa segunda fase será admitida a entrada de outras universidades e instituições de ensino «com particular interesse em disponibilizar aos seus alunos que desenvolvam projectos com potencial um instrumento desta natureza». Mas para já será este núcleo a assegurar a subscrição até 600 mil euros do capital do Fundo. Para Mário Raposo, a UBI «não poderia deixar de estar associada a este projecto», até porque «há muitos anos que é uma universidade empreendedora e que estimula o empreendedorismo» nos seus cursos, principalmente nos projectos finais do curso. Exemplo disso é ainda o facto da maioria das empresas já instaladas no Parkurbis resultarem de projectos desenvolvidos por estudantes ou professores da UBI.
Liliana Correia
