A assinatura de um protocolo com a Câmara da Covilhã para a concepção do futuro Museu da Cidade, a instalar na zona intra-muralhas, foi o ponto alto das comemorações dos 18 anos da Universidade da Beira Interior (UBI) na última sexta-feira.
Através desta parceria, a autarquia covilhanense atribui ao departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da UBI a responsabilidade pela concepção, planeamento e acompanhamento da estrutura museológica, canalizando assim, não só a “massa cinzenta” dos engenheiros e arquitectos, mas também a «experiência» da UBI no Museu de Lanifícios, distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia como o “Melhor Museu” português no triénio 1999 -2001. O objectivo do autarca é «deixar pelo menos este ano o projecto pronto e os terrenos negociados para que nos próximos mandatos se possa construir o Museu da Cidade», salientou. Carlos Pinto não tem dúvidas de que a nova estrutura será importante para «localizar o espólio disperso» mas também um «ponto de atracção para os turistas». «É um museu generalista» que pretende ser acima de tudo um local característico da história, tradições e riqueza cultural do concelho, realçou.
Para além deste convénio, a UBI assinou mais quatro acordos para estreitar laços e criar novas valências para os alunos e para a universidade. Com a Câmara de Santa Comba Dão foi estabelecida uma parceria para estreitar ligações nos diversos domínios logísticos e de investigação, enquanto que com a Comissão Cultural Luso-Americana o objectivo do protocolo passa por criar um centro de informação Fulbright no Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais da UBI para que os alunos se possam informar acerca das condições de estudo nas instituições norte-americanas. Já o acordo com a Escola Secundária Campos Melo prevê a transferência do espólio têxtil para o Museu de Lanifícios, enquanto que com a Santa Casa da Misericórdia do Fundão a ideia é criar um gabinete de neuropsicologia em colaboração com o Departamento de Psicologia. Na cerimónia, o reitor Santos Silva aproveitou ainda para apelar ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior, representado pelo sub-director geral do ensino superior, Mário Ferreira, a atribuição de vagas às licenciaturas de Design Industrial e Serviço Social, abertas no ano lectivo transacto. Por isso é que «para 2004 / 2005 não propusemos novos cursos, mas a reestruturação de alguns e a atribuição de vagas para cursos já registados e justificados no ano passado», salientou o reitor, que pediu ainda «mais cursos na área das Ciências da Saúde». «A oferta de diferentes formações nesta área na mesma escola permite rentabilizar meios humanos e materiais, para além de proporcionar o contacto com os alunos e a sua inserção em grupos de trabalho», acrescenta Santos Silva.
Por sua vez, Luís Franco, presidente da Associação Académica da UBI, não esqueceu a promessa do ex-ministro da tutela, Pedro Lynce, pedindo a atribuição de vagas para este ano no curso de Engenharia e Produção da Gestão Industrial (EPGI), «um dos cursos com mais sucesso na UBI», enquanto que Mário Ferreira salientou a «sensibilidade» do MCES para «responder a algumas das necessidades da UBI».
Liliana Correia
