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UBI pode sofrer corte de 1,7 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013

A confirmar-se a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2013, a Universidade da Beira Interior (UBI) vai sofrer um corte adicional de 1,7 milhões de euros, o equivalente a um mês de salários, em comparação com o orçamento de 2012.

Numa declaração conjunta, lida hoje à mesma hora em todas as universidades públicas, os reitores afirmaram que «as universidades públicas portuguesas são uma esperança maior e o mais promissor motor da mudança que Portugal necessita de consolidar para sair da crise».

Na Covilhã, o reitor da UBI leu o documento onde os líderes das universidades públicas advertiram para a «absoluta necessidade de evitar a desintegração do sistema universitário português», anunciando que vão reunir-se em Coimbra no próximo dia 16 para fazerem uma «comunicação solene ao país». «Sem as universidades, o futuro do país será muito mais sombrio e a soberania nacional, alimentada pela afirmação do conhecimento, ficará diminuída», realçaram os reitores.

Na base dos protestos, que subiram de tom nos últimos dias, estão os «fortes cortes orçamentais» previstos na proposta de Orçamento do Estado para 2013. Se for aprovado, a redução do financiamento público às universidades vai chegar aos 200 milhões de euros, desde 2005.

A aprovação da actual proposta orçamental para o próximo ano provocará uma redução média de 9,4 por cento (no caso da UBI de 8,9 por cento) nas dotações a atribuir às universidades, em comparação com este ano. Segundo disseram os reitores na mesma missiva, isso «terá efeitos imprevisíveis e irreversíveis em todo o sistema universitário, inviabilizando o desenvolvimento de actividades essenciais para o seu funcionamento».

Apesar das dificuldades esperadas, o reitor da UBI voltou a garantir que não vão haver despedimentos, até porque reiterou que «o número de professores e de funcionários não é o suficiente para as atividades que temos».

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