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Turismo de Portugal já pediu avaliação do Hotel Turismo da Guarda

“Vigília” marcada pelas redes sociais teve poucos participantes no passado sábado

O Hotel Turismo da Guarda vai mesmo ser vendido, pelo que já foi solicitada «nova avaliação do imóvel ao organismo público competente, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças», revela o Turismo de Portugal em resposta a Abel Ribeiro, promotor da “Vigília pelo Hotel Turismo da Guarda”, realizada no passado sábado.

Tal como O INTERIOR tinha noticiado em outubro, a entidade desistiu da construção de uma escola de hotelaria e procura agora comprador para o imóvel, fechado há quase dois anos. No documento, o Conselho Diretivo do Turismo de Portugal justifica a decisão com a atual conjuntura económica e «reorganização interna da rede escolar», reiterando a intenção de estudar alternativas à afetação do património, «nomeadamente hipóteses de alienação, arrendamento, concessão, cessão ou mesmo constituição de direito de superfície». O organismo estatal entende ainda que o distrito tem uma «base de recrutamento muito reduzida», sendo este um dos fatores que torna a região pouco atrativa para o investimento na formação hoteleira. No passado sábado, três antigos funcionários do hotel, um ex-hóspede e mais três pessoas próximas da organização marcaram presença numa vigília frente à unidade hoteleira, numa ação que ambicionava ser um protesto claro dos guardenses.

Divulgada pelas redes sociais, a iniciativa ficou aquém das 45 pessoas que confirmaram a sua comparência “virtual” e das 878 que estão na página do respetivo Movimento. No entanto, Abel Ribeiro, ex-hóspede e promotor da vigília, considera que «a mensagem passou» e que a adesão seria maior «se fosse a três quilómetros daqui», numa alusão à proximidade da Câmara. Mas a organização não vai desmobilizar e promete forçar a entrada e ocupar o edifício em fevereiro se o hotel continuar abandonado e em degradação. «O objetivo será criar uma instituição de caridade, com trabalho voluntário, para dar de comer a quem tem fome. Não temos meios para adquirir o hotel, mas é melhor dar-lhe uso do que deixá-lo a degradar-se», afirma Abel Ribeiro.

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco s. da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Fazer uma escola de hotelaria nesse espaço seria a melhor forma de dar utilidade ao antigo hotel, pois já foi e, como tudo na vida, acaba! Agora, esta ideia é de fazer avançar, abrindo assim um espaço de escola para a formaçao dos nossos jovens e não só (…). Parece-me também uma boa ideia criar neste espaço uma cozinha social, onde as nossas donas de casa, muitas delas com magníficas mãos, pudessem ter uma oportunidade de mostrar os seus dotes culinários e que estes produtos pudessem entrar no mercado da nossa cidade, como pastelaria, produtos lácteos ou mesmo a preparação de refeições solidárias, com espaço aberto ao público a preços de conveniência. A este propósito, ver cair este espaço que é emblemático ao nível do antigo cine-teatro, sem que nada se faça, é de uma pobreza extrema, sendo que a Câmara e as várias entidades têm culpa, mas principalmente a gente da Guarda, que não consegue unir-se na defesa do seu património e valor estruturais da cidade. Todos estes vultos marcaram o seu tempo na cidade, é altura de dar uma virada no tempo e de os colocar ao serviço das gentes da guarda. Na falta de ideias e de não apresentar trabalho, a nossa cidade vai morrendo aos poucos. A pergunta que faço é se a Guarda está em condições de desperdiçar valores, deixando-os sair desta cidade já marcada pela interioridade? Ao mesmo tempo que deixamos fugir valores, importamos outros que pouco ou nada acrescentam à nossa cidade, como o “mercado da China”. É neste contexto que quem se apresenta para governar a Câmara deve ter em mente que tem de defender a região e a nossa Guarda, apresentando medidas concretas de progresso, em que seja capaz de mobilizar todos os cidadãos num só objectivo.
 

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        Hotel Turismo da Guarda

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