Representantes do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu vão avaliar, nas próximas duas semanas, o cumprimento do acordo com Portugal.
A próxima tranche do empréstimo, tanto da parte do FMI como da União Europeia, depende de uma nota positiva nesta avaliação que irá ser feita nas próximas duas semanas. Pedro Passos Coelho e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, já defenderam publicamente a necessidade de realizar ajustes no programa.
Além do trabalho de avaliação será ainda realizado o planeamento dos passos que se seguem nos próximos trimestres. Esta é a segunda avaliação trimestral do programa de ajuda internacional a Portugal. A primeira, cujos resultados foram anunciados a 12 de agosto e antecedidos de uma conferência de imprensa do ministro das Finanças – a anunciar a antecipação do aumento do IVA na electricidade e gás natural para 23 por cento – foi «assombrada» pelo desvio orçamental encontrado na altura nas finanças públicas portuguesas.
Entre o aumento do desvio orçamental detectado e discutido com a troika estiveram factores como a falta de orçamentação de verbas para salários em alguns ministérios, dívidas de duas empresas da Madeira e um maior custo com o BPN do que o previsto. Mesmo assim, Portugal teve nota positiva na primeira avaliação, o que levou ao desbloqueamento de cerca de 11,5 mil milhões de euros.
