Chegou, finalmente, a luz verde do Tribunal de Contas para as tão desejadas obras que vão transformar o Teatro Municipal da Covilhã no futuro Centro de Inovação Cultural da cidade. Este visto era necessário para os trabalhos avançarem após a empreitada ter sido adjudicada em novembro do ano passado ao consórcio formado pelas empresas MRG Construction e Ramos Catarino SA.
Numa corrida contra o tempo, a autarquia garante que os estaleiros vão ser instalados já este mês e que após a assinatura definitiva do contrato de concessão, que se espera que ocorra ainda em setembro, será dado início aos trabalhos. Com um custo previsto de quatro milhões de euros e um prazo de execução de 24 meses, o novo equipamento cultural prevê intervenções no antigo Teatro-Cine da Covilhã e na antiga residencial Montalto. No futuro Centro de Inovação Cultural da Covilhã ficará não apenas o Teatro Municipal, como o Centro de Incubação e Apoio a Indústrias Culturais e Criativas. Trata-se de um investimento da autarquia, integrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), para colocar a cidade «no roteiro dos espetáculos e programação de referência nacional, bem como da coprodução e intercâmbio com redes e produtoras de referência nacional e internacional», refere o município.
Bandeira do anterior mandato e da última campanha eleitoral, o presidente da Câmara acredita que se trata de «um grande projeto e uma das obras mais importantes dos últimos anos para a Covilhã». Mais do que uma casa de espetáculos, Vítor Pereira espera que ali se crie «um verdadeiro centro cultural, onde se produza muita e boa cultura, todos os dias». Considerando que o equipamento vem com «30 anos de atraso», o edil acredita que ainda está a tempo para «contribuir para o enriquecimento da cultura e do desenvolvimento do nosso concelho, da nossa região e do país». A intervenção no histórico edifício irá manter os imponentes candelabros e as tapeçarias existentes, que serão restauradas e recolocadas após a conclusão da obra.
O futuro teatro vai ter mais quatro espaços de programação servidos por uma equipa de produção, um centro de exposições e zonas de trabalho para projetos ligados às indústrias criativas e culturais. Haverá ainda uma sala de aprendizagem pedagógica, gabinetes de trabalho, duas cafetarias, uma livraria e duas salas de arrumos.
Ana Eugénia Inácio