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Três helicópteros e dois Canadair vão ajudar no combate a incêndios no Verão

Plano Operacional Distrital foi apresentado em Fornos de Algodres e mobilizará 604 operacionais na fase “Charlie”

Seiscentos e quatro operacionais, 148 equipas e 136 viaturas vão estar em prontidão no distrito da Guarda na fase “Charlie”, a mais crítica da época de combate aos fogos florestais. O Plano Operacional Distrital de Combate a Incêndios Florestais para este verão foi apresentado na sexta-feira, em Fornos de Algodres.

Na sessão, o secretário de Estado da Administração Interna assegurou que o objetivo deste dispositivo é proteger a Serra da Estrela, as pessoas e os bens. «A Serra da Estrela é um marco muito importante, não só em termos florestais, mas também em termos de turismo. E é evidente que tudo será feito para a proteger, como tudo faremos para proteger o Gerês e outras áreas protegidas», declarou Jorge Gomes. «Depois, vamo-nos rendendo quando nos devemos render e vamos protegendo aquilo que deve ser mais protegido, que são as pessoas e os bens», acrescentou o governante. Por sua vez, o comandante operacional distrital revelou que este ano voltam a estar sediados no distrito três helicópteros (dois ligeiros de ataque e um médio) e dois aviões Canadair.

Segundo António Fonseca, os helicópteros ligeiros de ataque ficarão instalados na Guarda (a partir de 1 de junho) e Seia (1 de julho), enquanto o helicóptero de ataque médio ficará no concelho da Mêda (a partir de 15 de junho). Já os dois aviões Canadair regressam ao aeródromo de Seia, que volta a ser base nacional deste tipo de meios aéreos para o combate a incêndios, sendo que a sua ativação está prevista para 15 de junho.

O responsável acrescentou que a reserva distrital da Guarda inclui 1.250 bombeiros no quadro ativo e 540 veículos. «Os corpos de bombeiros estão a trabalhar na sua capacidade máxima e não podemos pensar que está sempre a aumentar todos os anos. O importante é que tenhamos a capacidade de manter esta capacidade de mobilização dos voluntários», afirmou António Fonseca.

Para o comandante operacional distrital, o dispositivo de combate a incêndios está «estabilizado e é o adequado face aos recursos humanos e materiais que temos. Se conseguirmos continuar a manter esta tendência de decréscimo das áreas ardidas de forma sistemática, será um dispositivo também adequado do ponto de vista operacional», sublinhou. No distrito da Guarda arderam 11.889 hectares nos dez primeiros meses de 2015, o que representa um aumento «de 127 por cento relativamente ao ano anterior, quando a área ardida tinha sido de 5.235 hectares, colocando o distrito da Guarda no primeiro lugar em termos de área ardida», refere a Quercus. O Plano Operacional Distrital de Castelo Branco foi apresentado ontem, após o fecho desta edição. Este ano, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais em todo o país vai envolver 10 mil operacionais e mobilizar um investimento da ordem dos 70 milhões de euros.

O objetivo é «proteger a Serra da Estrela, as pessoas e os bens», disse secretário de Estado (ao centro)

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