Se dúvidas houvesse, um filme promocional de alguns minutos e António Ruas, presidente do município, comprovaram que Pinhel é mesmo um concelho com «valiosíssimo património edificado». Uma característica peculiar que dá o tema da nona edição da Feira das Tradições e Actividades Económicas da “cidade falcão”, com início previsto para o dia 20 no campo de futebol Astolfo da Costa. Animação, cultura, folclore, comes e bebes, muita música e um colóquio vão animar três dias em que a cidade marca encontro com as suas potencialidades, tradições e o “Património Edificado”.
«Será a cidade do país com mais solares por metro quadrado», garante o autarca, que também gostaria de ver aberta a porta Sul do Parque Arqueológico do Vale do Côa, na zona de Cidadelhe, para dar acesso a um núcleo importante de pinturas rupestres e assim oferecer maior diversidade patrimonial. «Queremos saber por que tarda em abrir-se essa porta e reivindicamos que a situação seja desbloqueada o mais rapidamente possível», exige Ruas. Uma reclamação que deverá ser acentuada durante o certame, cujo programa «simples e diversificado», segundo o edil, foi apresentado na passada quinta-feira. Tudo começa na próxima sexta-feira de manhã com um cortejo carnavalesco com 707 alunos das escolas do concelho, segue-se ao princípio da tarde a abertura oficial da feira pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Hermínio Loureiro. À noite há João Pedro Pais, que se estreou em Pinhel como profissional. Para além dos inúmeros “stands” de empresas, escolas, instituições, associações e outras colectividades, os visitantes poderão também encontrar um espaço reservado a tasquinhas e restaurantes típicos. O dia de sábado fica marcado por um colóquio subordinado ao tema “Património Edificado”, no salão nobre dos Paços do Concelho, estando ainda programada uma tarde desportiva, enquanto a banda espanhola “Amistades Peligrosas” promete animar a noite.
No domingo, último dia da Feira das Tradições e Actividades Económicas, orçada em 40 mil euros, as despedidas fazem-se ao som das filarmónicas de Pinhel e Pínzio, bem como dos ranchos da Casa do Povo de Pinhel, “Flor do Campo” (Souropires), de Galegos Santa Maria e Infantil do Estrelas de Pinhel.«É a prata da casa», adianta António Ruas, que antecipa o espectáculo de Emanuel, famosíssimo artista popular. Pelo meio, o presidente gostaria que os visitantes vejam Pinhel como uma cidade que «cuida» do seu património: «Estamos a fazê-lo e iremos apostar ainda mais na sua preservação. Há obras em curso no edifício dos Paços do Concelho e dentro em breve vamos abrir concurso público para intervir na Casa Seixas e outras casas brasonadas», adianta, esperando que o IPPAR avance para a terceira fase da intervenção no castelo, muralhas e portas em ruínas. «Estamos no bom caminho», garante Ruas.