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Transblues para animar as noites da Guarda

Norte-americana Sharrie Williams sobressai este ano no cartaz da quarta edição do festival de blues que decorre no TMG e no Jardim José de Lemos

O português Frankie Chavez teve ontem honras de abertura do Transblues na Guarda. O Festival de Blues Béjar/Guarda prossegue esta noite com a Indiana Blues Band também no café-concerto do TMG.

Trata-se do projecto do músico André Indiana, que apresenta o seu primeiro disco “Bloodline” com sete músicas originais e algumas versões de temas muito conhecidos como “Love Me 2 Times” (Doc Pomus), ou “Hoochie Coochie Man” (Willie Dixon). Amanhã, o Transblues muda-se para o Jardim José de Lemos com os Spikedrivers (Reino Unido). O grupo inspira-se no legado musical norte-americano, pelo que as suas músicas, harmonias vocais e composições instrumentais resultam num blues emocionante. De resto, já tem créditos firmados, pois a crítica especializada considera os Spikedrivers como uma das bandas mais inovadoras e originais da atualidade. É a proposta para a abertura do palco do jardim, que tem registado um assinalável sucesso nas edições anteriores.

A norte-americana Sharrie Williams é o nome que se segue no sábado. Acompanhada pelos The Wise Guys, a fama das suas poderosas atuações precede esta cantora que é a garantia certa de uma noite inesquecível no Jardim José de Lemos. As suas referências e influências são outras grandes intérpretes do gospel, soul e blues, com Koko Taylor, Aretha Franklin, Tina Turner ou Etta James. Nos Estados Unidos, Sharrie Williams é apelidada de “Princesa do Rockin’ Gospel Blues” e apresenta agora o seu novo disco produzido e remisturado por Michael Freeman. “I’m Here To Stay” tem sido muito badalado pela crítica e foi nomeado para vários prémios nos EUA. O festival termina no domingo com o grupo espanhol Guitar Not So Slim, que editou recentemente um novo trabalho, intitulado “Bailout”, e que é uma viagem pela “roots music”, “ragtime” e blues dos anos 20/30.

O projeto Guitar Not So Slim regressa ao verdadeiro âmago dos blues, que sempre se destacaram pela sua componente de alerta social e de protesto. Por isso, as canções são uma mistura eclética e as críticas vão desde o resgate financeiro e crise europeia à cirurgia estética, tudo isto com sons tribais. A banda conta já com dois álbuns, ambos com muito sucesso nos meandros dos blues e muito elogiados pela crítica. Todos os concertos do Transblues têm entrada livre. O festival, que já vai na quarta edição, é organizado pelo TMG e Junta de Castilla y León em Béjar (Espanha) e Guarda.

Sharrie Williams atua sábado à noite no Jardim José de Lemos

Transblues para animar as noites da Guarda

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