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Trancoso vai ter novo presidente 28 anos depois

O “reinado” do último “dinossauro” do distrito chega ao fim no domingo

Júlio Sarmento não se pode recandidatar em Trancoso, onde cumpre o sétimo mandato consecutivo. Na senda da sucessão estão os vereadores João Rodrigues e Amílcar Salvador, candidato socialista que o atual presidente derrotou em 2005 e 2009.

Os sociais-democratas candidatam João Rodrigues, do executivo atual, e querem provar que também sabem ganhar sem Sarmento. O advogado encabeça pela primeira vez uma lista à autarquia e não tem dúvidas do resultado: «Espero uma vitória do PSD», frisa, considerando que é «o candidato mais bem preparado para continuar o desenvolvimento de Trancoso». Entre os projetos da candidatura “laranja”, destaque para a aposta na atividade empresarial, no comércio, na agricultura, na educação, nos serviços e «na conclusão das poucas infraestruturas que faltam», indica João Rodrigues.

Amílcar Salvador quer fazer valer o ditado “à terceira é de vez”. Depois de duas derrotas com Sarmento, o candidato quer vencer o colega de executivo, acreditando que «as pessoas vão votar na única alternativa, que é a minha candidatura». «Atravessamos um período de decadência com a destruição do tecido económico e o abandono populacional», salienta o vereador. O programa socialista inclui a criação de emprego e de um ninho de empresas, o apoio a setores «criadores de riqueza e com tradição», como o agropecuário, e a fixação de pequenas e médias empresas. «Queremos alicerçar a gestão camarária no rigor, no diálogo e na igualdade de oportunidades», sublinha.

Já João Ribeiro vai a votos pela CDU e ambiciona ser eleito como vereador: «Mais do que isso talvez seja exagero, pois a CDU nunca esteve na Câmara nem na Assembleia Municipal», salienta. Na opinião do candidato, esta «é uma hora de mudança e de criar alternativas para que a juventude se fixe». O assistente operacional defende como áreas estratégicas a ação social, a economia e emprego, a cultura e lazer, o património, a juventude, o ambiente e a gestão municipal.

Quem está de volta é o CDS-PP, que não concorria em Trancoso há 12 anos. João Mendes considera que «seja qual foi o resultado já é uma vitória, pois é um momento histórico para o partido», sendo que se candidata com a «convicção de que é necessário um modelo de gestão autárquico centrado nas pessoas». Os principais projetos dos centristas são a criação de uma “via verde” para o investimento, do provedor do munícipe e do gabinete do empreendedor, bem como a dinamização do turismo religioso e a construção de um parque de campismo.

Sara Quelhas

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