A greve dos trabalhadores da Águas da Covilhã (AdC) registou no primeiro dia uma adesão de «cerca de 70 por cento», adiantou fonte sindical. A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), começou segunda-feira e prolonga-se até sábado.
Trata-se de uma greve à primeira hora de cada turno e às horas extraordinárias, que deverá culminar com uma paralisação ao longo de todo o dia 21. O sindicato reivindica a celebração de um acordo que defina as regalias dos trabalhadores, na sequência da transformação dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) em empresa municipal, ocorrida a 1 de Abril deste ano. Segundo José Alberto Baptista, dirigente do STAL, «é fundamental a negociação de um acordo para regulamentar os direitos de opção para quem queira integrar os quadros da AdC ou continuar na função pública». A uniformização de tabelas salariais, horários de trabalho e subsídios, entre trabalhadores com vínculo público e privado, são outros aspectos que, segundo o sindicalista, deviam estar acautelados na transformação da empresa. «Com esta adesão os trabalhadores mostraram à administração que estão dispostos a lutar, mesmo apesar das acções de intimidação», acrescentou José Baptista. De acordo com o sindicalista, poucos dias antes da greve foi distribuída uma carta da administração em que se refere que «os tempos que correm não aconselham a cobertura daqueles que confundem o mundo das empresas com o mundo ideológico e dos partidos políticos». Um documento considera «uma ameaça» pelo sindicalista, referindo que a greve teve maior adesão nos serviços exteriores do que no edifício da AdC, «porque as pessoas têm medo de represálias».