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Trabalhadoras da Dergui despedidas

Fábrica do Paúl foi selada em Novembro por ordem judicial e já não vai reabrir

As 53 trabalhadoras da fábrica de confecções Dergui, no Paúl (Covilhã), foram despedidas depois do patrão ter anunciado que não vai reabrir a unidade, anunciou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB).

A fábrica foi selada a 20 de Novembro por ordem judicial, dado que a administração não compareceu na unidade nesse dia para tratar de um processo de execução de dívidas. Nessa altura, as máquinas e encomendas ficaram encerradas nas instalações. Entretanto, os administradores fizeram saber, através dos respectivos advogados, que não vão reabrir a fábrica e despediram as trabalhadoras. Agora, preparam-se para reclamar as indemnizações ao Fundo de Garantia Salarial e o subsídio de desemprego, com efeitos a partir de 1 de Dezembro. «Temos famílias para sustentar, temos o Natal à porta e ficámos sem ordenados. É triste, mas é a realidade que temos que enfrentar», lamentaram algumas das trabalhadoras no final de uma reunião no STBB, na Covilhã.

As funcionárias esperam ainda por 225 euros relativos ao 13º mês de 2006, mais o subsídio de férias deste ano e o salário de Novembro. «Não fiquei surpreendido com este desfecho. Já em Julho os patrões tinham feito propostas às trabalhadoras que estivessem disponíveis, dizendo que tinham outra empresa criada e que iam transferir as máquinas», disse Luís Garra. De acordo com os dados do STBB, a fábrica designada de confecções Dergui teve outros nomes sob o mesmo tecto e chegou a empregar cerca de 200 funcionárias.

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