A Torá com mais de 400 anos, encontrada na Covilhã por um empreiteiro aquando da demolição de uma casa antiga, foi vendida a um empresário da cidade. Era suposto que o documento, descoberto há 20 anos, ficasse na posse da autarquia.
Apreciador de peças antigas, José Manuel Correia, proprietário do restaurante “Sporting”, terá adquirido a Torá após desembolsar «milhares de euros». No entanto, o município já veio a terreiro dizer que não tem «conhecimento oficial de qualquer venda efectuada pelo achador do documento em questão». Nesse sentido, o alegado negócio é encarado com «surpresa» pelo executivo, que, em comunicado, considera «secundária a questão da propriedade face à importância imaterial que o mesmo poderá ter para a comunidade covilhanense e até nacional». O pergaminho, com 30 metros de comprimento, tem estado à guarda do município para fins de estudo, datação e avaliação da sua importância histórica. É intenção da Câmara da Covilhã que a Torá «seja preservada e disponibilizada publicamente como um importante elemento histórico da nossa comunidade e considera, naturalmente, poder vir a adquirir a sua propriedade».