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The walking dead

Opinião 14º Aniversário

A série menos linda que conheço, pelas caracterizações, pela morte violenta constante, pela destruição como cenário, pela doença dramática que partilha, pela força da ausência de mensagens específicas, sobre as pessoas, os seus limites e reações diversas. Matar o mais possível e nunca morrer. No meio de tudo aquilo ouvem-se algumas das melhores músicas do tempo presente, alguns autores desconhecidos e outros menos a deixar pérolas sonoras que abraçam os espetadores de modo indelével. São chocantes imagens e um sucesso de televisão. É um filme possível a nascer do conceito dos jogos de “playstation” e de Internet. Matar e não se deixar morrer. “Walking dead” é a história dos jornais regionais e da imprensa em geral nos dias que correm. Impostos, ausência de apoios, baixa de publicidade, competição pelos clientes que ainda pagam, favores políticos ou não, exigência na informação ou propaganda do poder, serventia ou valentia. Assim se constrói a força da iniciativa no cenário de destruição envolvente, de princípios esmagados, de sobrevivência como objetivo último. Nós tentamos caminhar num cenário em que a doença projeta um cenário catastrófico e por isso deprime, e por isso assusta. Levamos uns sons excelentes, que trazem notas de amizade, de perseverança, de cumplicidade e com essa banda sonora resistimos e temos sucesso. Um testemunho destes 14 anos de O INTERIOR.

Por Diogo Cabrita

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