P – Como é que foi participar na vitória frente ao Benfica que garantiu a manutenção ao Paços de Ferreira na SuperLiga?
R – Foi bom. Foi acabar uma época em grande. Esta temporada não correu como eu queria, porque se calhar esperava ter jogado mais, mas isso não aconteceu. De qualquer maneira penso que a última imagem é que fica e acho que, nesse aspecto, tive sorte e correu tudo bem.
P – A permanência do Paços é um prémio justo, na sua opinião?
R – Penso que sim. Acaba por ser justo porque nós sabemos as dificuldades por que passam estas equipas ao longo do ano e, se calhar, são as que são normalmente os “alvos a abater”. Falo do Paços como de outras formações que acabaram por se manter e que, se calhar, ninguém dizia que isso acontecesse. Acho que é justo, por isso tudo e por serem equipas humildes, que trocam o dinheiro pelo trabalho.
P – Qual a sensação que sentiu quando marcou o primeiro golo na SuperLiga frente ao Marítimo?
R – Senti-me bem. Fiquei contente, pois foi o primeiro, mas, na hora, não tive bem a noção do valor que o golo acabou por vir a ter. Durante o jogo, nós marcamos, mas depois o momento passa e só no final ou mais tarde é que começamos a pensar bem e vemos realmente que foi bastante valioso. Fiquei muito feliz por isso. Ainda para mais porque foi um golo numa altura em que um ponto era ouro para nós. Tive a felicidade de ser eu a marcá-lo nesse jogo e foi por segundos que não nos deu logo a permanência, uma vez que o Gil Vicente também marcou um golo em Braga já nos descontos. Sinto que foi um golo importante.
P – Já disse que jogou menos do que esperava, mas mesmo assim que balanço faz desta época?
R – É um balanço positivo, porque foi uma época em que não tive qualquer tipo de lesões. Isso também conta e é muito importante mesmo só treinando, que foi praticamente o que aconteceu. Nunca tive problema nenhum e estive sempre disponível. O “mister” optou antes pelo meu companheiro, mas eu trabalhei e tive sempre a esperança de que um dia a oportunidade para jogar iria aparecer. Se calhar, apareceu na altura certa e eu aproveitei-a da melhor maneira.
P – Já sabe se vai continuar no Paços de Ferreira na próxima época?
R – Para já ainda não sei de nada. Isto ainda está um bocado indefinido mesmo a nível de direcção, mas de qualquer das maneiras penso que terei grandes hipóteses de continuar por cá. Mas se não for aqui, hei-de ter sorte para continuar a minha carreira noutro lado qualquer. Com calma, vamos ver.
P – Mas gostava de continuar a jogar na SuperLiga?
R – Sim, claro. Agora que lhe apanhei o gostinho penso que tenho capacidades e gostava que me continuassem a dar essa oportunidade, porque realmente é bom e é diferente.