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Taxa de desemprego na Covilhã é a mais preocupante

Região Centro registou 62.000 desempregados em 2003

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) da região Centro registou no ano passado cerca de 62.000 desempregados, a maioria com baixa escolarização, o que diminui as possibilidades de contratação. Segundo os dados apresentados em Coimbra na última terça-feira pelo delegado regional do Centro do IEFP, do total de pessoas desempregadas, 41 por cento apresentava uma escolaridade de quatro ou menos anos, e apenas sete por cento detinha uma licenciatura, bacharelato ou doutoramento. Em 2003, o maior número de desempregados registava-se nos distritos de Coimbra, (15.954), Aveiro (13.956) e Castelo Branco (8.183), sendo que a Covilhã era considerada a situação «mais preocupante» do interior. O distrito da Guarda situa-se no meio da tabela com perto de 5.500 desempregados.

O delegado regional, Luís Alcoforado, apontou a baixa escolaridade, que se traduz na falta de qualificações, como um dos problemas a combater para diminuir o desemprego na zona Centro, que afecta, na sua maioria, as mulheres (61 por cento) e a faixa etária entre os 25 e 54 anos (63 por cento). O número de pessoas inscritas no final do ano passado nos centros do IEFP (62.132) aumentou em 9.600 face a Dezembro de 2002, apresentando uma tendência de crescimento já detectada em anos anteriores. Segundo os dados de Fevereiro, o número de desempregados registados nos centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional ascendiam os 467.540. Apesar das dificuldades económicas que o país registou em 2003, Luís Alcoforado referiu que na região Centro foi possível colocar directamente 17.452 pessoas e envolver mais 34.155 em medidas de emprego e de formação profissional. A oferta de emprego recebida pelos centros do IEFP foi de 26.290 postos, mas não foi possível satisfazer cerca de 8.000 em virtude de os desempregados não disporem das qualificações profissionais exigidas. O facto de a região Centro apresentar uma certa vitalidade na oferta de emprego leva a que os desempregados encontrem colocação, prescindindo de acções de formação e qualificação profissional. Em certos sectores, como a metalomecânica, electricidade ou canalizadores, as vagas para a formação profissional dificilmente são preenchidas, e pouco mais de metade das ofertas de emprego são satisfeitas, referiu. Quanto às expectativas para 2004, o delegado regional espera poder diminuir o número de desempregados. De acordo com este responsável, a contribuir para este objectivo estão as mudanças no modelo de desenvolvimento e as políticas de emprego lançadas em meados do ano passado.

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